As vendas dos marketplaces no ramo do varejo de eletroeletrônicos estão crescendo a cada ano, de acordo com dados levantados pela GfK, empresa alemã de estudos de mercado. Os dados mostram que, em 2021, o setor teve um aumento de 211,9%. Além disso, no último ano, houve um crescimento adicional de 10,5%, enquanto no primeiro bimestre de 2023 já havia sido registrado um crescimento de 1,4%.
“O faturamento de varejo regional no online é 8 vezes menor que de varejo nacional e o aumento da participação destes comércios em marketplaces aparece como oportunidade”, conta Fernando Baialuna, diretor de Gfkconsult e Varejo da GfK para América Latina.
Os marketplaces e os investimentos das marcas em ações direcionadas no ambiente online criam novos canais de comunicação direta, possibilitando a personalização em grande escala e, como resultado, proporcionam maiores oportunidades de conversão de vendas. Além disso, a regionalização desempenha um papel importante, estando firmemente ancorada nas lojas físicas.
“Estudos de Inteligência de Geolocalização Espacial, especificamente para eletroeletrônicos, que fizemos na GfK, nos mostram que estar presente nessas áreas menores é uma necessidade para atender a novas jornadas do cliente, que busca melhor experiência figital ao comprar online e retirar na loja”, explica Balaiuna.
O “Clique & Retire”, modalidade de compra em que o cliente tem a possibilidade de fazer uma compra online e retirar na loja física mais próxima, ganhou bastante destaque em 2022. Essa modalidade representou cerca de 7% do total de compras, sendo a categoria de notebooks a mais adquirida nessa modalidade, com 11% dos compradores optando por esse tipo de compra.
Fernando ressalta que o setor de eletrônicos é um dos maiores polos de vendas online e que os consumidores utilizam esses canais em cerca de 6% das vezes em que estão realizando compras. “Otimizar rede de lojas físicas, complementando a integração dos ambientes ‘on e off’ na experiência de compras será decisivo para uma maior taxa de conversão das vendas”, destaca o executivo.
Desafios no setor
Após a pandemia de covid-19, os consumidores ficaram cada vez mais familiarizados com uma dinâmica híbrida dos canais de vendas, que expande a jornada de compra para além de um único canal. Diante desses desafios enfrentados pelo setor, surgem oportunidades para novos hubs de negócios nos próximos anos.
“O valor de frete em queda e a estabilização do preço das comodities de eletrônicos, trazem a partir do segundo semestre deste ano uma janela de oportunidade para a retomada gradativa do consumo de bens duráveis”, analisa o diretor.
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