O Conselho de Administração da Ambev aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) e dividendos, no valor total de R$ 10,5 bilhões, sendo R$ 0,2448 por ação para o JCP e R$ 0,4228 para os dividendos. O pagamento do JCP será efetuado em 30 de dezembro de 2024, e o dos dividendos, em 7 de janeiro de 2025.
Em ambos os casos, será considerada a posição acionária do dia 19 de dezembro de 2024 para as ações negociadas na B3 e do dia 23 de dezembro de 2024 para os ADRs negociados em Nova York. Ambos os papéis passarão a ser negociados “ex” a partir de 20 de dezembro.
O colegiado aprovou ainda a alteração da atual frequência de distribuição de proventos (anual) para períodos potencialmente menores, incluindo distribuições trimestrais ou em outra periodicidade, em datas e valores a serem aprovados pelo conselho.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que combinados, os proventos e o programa de recompra de Ações em curso, totalizam R$ 12,5 bilhões.
Queda no lucro líquido
A Ambev apresentou lucro líquido de R$ 2,452 bilhões no segundo trimestre de 2024, o que significa uma queda de 5,6% em relação ao mesmo período de 2023. No indicador ajustado, o resultado da última linha foi de R$ 2,459 bilhões, com recuo de 8,3%.
Segundo a companhia, a queda se deu devido majoritariamente à menor dedutibilidade do imposto de renda no Brasil. Esse efeito mais do que compensou o crescimento do Ebitda ajustado e o melhor resultado financeiro líquido.
O Ebitda ajustado da companhia foi de R$ 5,811 bilhões no trimestre, alta de 10,2% ante o mesmo período de 2023 no conceito “reportado” e de 15,9% no “orgânico”. O crescimento foi impulsionado, segundo a Ambev, pelo Brasil, com alta de 23,5% (sendo que na divisão de não alcoólicos a alta foi de 40,1% e de 20,8% na divisão de cerveja); por América Central e Caribe, com alta de 17,9%; e pela “América Latina Sul”, com alta de 7,6%. Por outro lado, pesou contra a queda no Canadá, de 2,2%. A margem bruta expandiu 200 pontos base, enquanto a margem Ebitda ajustada expandiu 300 pontos-base.
Com informações de Estadão Conteúdo (Beth Moreira).
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