O ano mal começou, e já está acabando! No momento que se iniciou um pequeno movimento de reação da economia, já estamos nos despedindo do primeiro semestre e os varejistas, de boa parte do calendário promocional do Varejo.
Mas a grande preocupação não é essa. Até porque ainda temos quatro grandes datas a serem celebradas nesse segundo semestre. Além dos razoáveis Dia dos Pais e Dia das Crianças, ainda temos as inigualáveis BlackFriday e Natal.
Entretanto, será que depois de um longo e duro período de recessão, os varejistas ainda estão com fôlego financeiro e criatividade para criarem campanhas promocionais realmente impactantes capazes de alavancarem os resultados de venda e superarem as expectativas tímidas de 0,5% de crescimento do varejo em 2017?
Mesmo no mercado digital, onde aparentemente teremos um vigoroso crescimento de 15% nas vendas em 2017, segundo projeção da Ebit, não teríamos espaço para muito mais, caso os varejistas aprendessem a se relacionar com o cliente e não simplesmente quisessem vender produtos em promoção!
SUA ESTRATÉGIA COMERCIAL NÃO PODE PARAR NA CAIXA DE SPAM!
Esse dado é tão alarmante que, no Brasil, o tráfego de Spam na rede aumentou 200%. Ou seja, triplicou. Destrinchando o conceito, Spam é um e-mail ou comunicação não autorizada pelo cliente. Isso que dizer que os remetentes daquelas mensagens conseguiram e-mails de “clientes” comprando banco de dados ou através de mecanismos de captura de busca na rede.
Infelizmente, durante o Marco Civil da Internet no Brasil não se criou nenhuma regra de controle contra Spam, diferentemente do que aconteceu na Europa, onde as empresas podem levar multas altíssimas por uso dessa prática*.
Felizmente, nossa infraestrutura de controle vem melhorando significativamente e apenas 3% de todo o Spam gerado chega na caixa de entrada do consumidor. Isso mesmo, 97% de todo material construído para divulgação no Brasil é jogado em um lixo virtual!
Se você está pensando que esses 97% estarão na pasta de e-mails indesejados, está enganado. Esse material é barrado pelos provedores de e-mail e nem chegam a ser entregues ao seu cliente. Dos outros 3%, parte caem na caixa de entrada e outra parte na caixa de e-mails indesejados. Assim, estima-se que apenas 1% dos e-mails cheguem de fato à caixa de entrada do seu cliente!
MAS COMO SE DÁ ESSE CONTROLE?
Atualmente, os provedores de e-mails possuem métricas que verificam o comportamento do usuário de acordo com o teor da mensagem enviada, o remetente da mensagem, a reputação do domínio de envio, a reputação do IP de envio, as configurações de permissão, entre outras variáveis. Então, a única forma de garantir que seu cliente receba a mensagem adequada é assegurar-se de que ele queira recebê-la com um assunto que o interesse.
E como fazer isso? Garanta que sua comunicação vá apenas para quem autorizou o recebimento desse material. Configure corretamente seu serviço de e-mail marketing, configurando todas as assinaturas eletrônicas – isso mostrará aos provedores de e-mail que a ferramenta utilizada por você está autorizada a enviar em seu nome. Separe, na sua lista, quem são os contatos engajados daqueles que não engajados. Uma métrica razoável é trabalhar com aqueles contatos que abriram suas mensagens nos últimos 60 dias. Mas lembre-se, isso é apenas o básico.
QUEM É O SEU CLIENTE?
O ideal é você conhecer a fundo o comportamento do seu consumidor. Muitas vezes entregamos à ferramentas de mercado, mecanismos automáticos de relacionamento, como recomendação de produtos. Essas ferramentas são válidas desde que não deixemos de analisar quem é nosso cliente, se as recomendações estão sendo bem feitas, se esses clientes estão voltando e, se estão voltando, com qual frequência?
Mais do que nunca temos que ser assertivos para vendermos. Temos que olhar para nosso cliente com um olhar apaixonado, pensando no que podemos fazer para fazê-lo feliz. Entrar de fato em um relacionamento com ele.
*Fonte: Convergência Digital, dados da Assessoria da Abrahosting – Associação Brasileira das Empresas de Infraestrutura e Hospedagem na Internet. Acesso em 13.4.2017.