O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, disse nesta segunda-feira, 14, que o grupo automotivo que reúne marcas como Fiat, Peugeot, Citroën e Chrysler pode vender ou fechar marcas que deixarem de ser lucrativas. Segundo ele, as 14 marcas da companhia são “atualmente lucrativas”, mas disse que não seria capaz de manter “aquelas que não entregam mais valor aos clientes”.
Não foi mencionada qual marca causa mais preocupação internamente.
“A Maserati está passando por dificuldades, principalmente porque seu posicionamento não está bem estabelecido. Mas encontramos os meios para corrigir a situação”, disse Tavares.
De acordo com o CEO, existe um apetite de rivais – especialmente chineses – para adquirir marcas da Stellantis, mas que até agora as ofertas foram recusadas.
Há poucos dias, a Stellantis anunciou uma remodelação administrativa.
O grupo está lutando contra uma queda no lucro e em participação no mercado, agravados pela indústria com demanda instável, concorrência crescente e a transição para veículos elétricos.
Investimento no Brasil
Em abril, a Stellantis anunciou um investimento de R$ 3 bilhões na fábrica que atualmente produz carros da marca francesa Citroën, em Porto Real, no sul do Rio de Janeiro. O valor corresponde à menor parcela dos R$ 30 bilhões que a montadora planeja investir no Brasil entre 2025 e 2030.
Anteriormente, a Stellantis já havia anunciado a destinação de R$ 14 bilhões para a fábrica de Betim (MG), onde atualmente são produzidos carros da marca Fiat, e outros R$ 13 bilhões para Goiana, no norte de Pernambuco, onde são fabricadas as picapes Toro, da Fiat, e Rampage, da Ram, além de três utilitários esportivos da marca Jeep: Commander, Compass e Renegade.
O anúncio do investimento em Porto Real ocorreu durante uma visita à fábrica do secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro, Vinicius Farah.
Entre os projetos contemplados pelos investimentos, a Stellantis vai produzir um modelo inédito em Porto Real nos próximos anos.
Com informações de Estadão Conteúdo.
Imagem: Shutterstock