O repasse de preço da Petrobras para as distribuidoras de gás (16%), consequência dos efeitos da guerra na Ucrânia em todo o mundo, já impacta diretamente o consumidor, que começa a ver um vertiginoso aumento do preço do botijão de gás em todo o País. Esse aumento não vem de hoje. O gás de cozinha foi um dos serviços públicos que mais pesaram no bolso do brasileiro em 2021.
O gasto médio anual das famílias da classe DE cresceu 25% na comparação com 2020. É o que mostra o relatório Domestic View 2022, da Kantar, que traça um panorama do bolso do brasileiro durante a pandemia.
Em 2021, o gasto do brasileiro com gás de cozinha subiu 2 pontos percentuais em relação a 2020, representando 17% do total desembolsado com serviços públicos (energia elétrica, água e esgotos, gás encanado, telefone fixo, gás de botijão, taxas).
Maior parte das despesas
Na classe DE, o valor destinado para a compra de gás saltou de 18% do total das despesas com serviços públicos no lar em 2020 para 22% em 2021. Na classe C, o incremento foi de 15% para 17% e na classe AB subiu 1 ponto percentual, de 12% para 13%.
Segundo o relatório, a energia elétrica representa a maior parte das despesas do brasileiros com serviços públicos, representando cerca de metade desses gastos (52%), seguido de água e esgoto com 23%, com variação de -1 ponto percentual e +1 ponto percentual, respectivamente, de 2020 para 2021.
O estudo DomesticView foi realizado com 4.915 domicílios brasileiros, que representam mais de 58 milhões de lares, no mês de outubro de 2021.
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