As negociações das empresas aéreas com o governo federal sobre o Voa Brasil seguem em aberto, mas o CEO da Gol, Celso Ferrer, espera que o programa seja lançado no começo de 2024. A iniciativa desenvolvida pelo Ministério de Portos e Aeroportos prevê passagens mais baratas para determinado grupo de passageiros.
“Ainda está sendo discutido qual tecnologia será usada, quem estará elegível”, explicou o executivo.
Segundo ele, está na mesa a inclusão de beneficiários do Bolsa Família, do ProUni e até de outros programas do governo. “Nossa única preocupação é evitar qualquer tipo de canibalização com nossos consumidores atuais”, afirmou Ferrer.
Para o executivo, o programa pode incrementar a base de consumidores low cost. “Podemos ter um incremento de mais de um milhão de passageiros com o programa”, avalia.
Programa alcançará até 8 milhões de pessoas na 1ª etapa
O Voa Brasil, programa que o governo estrutura para passagens aéreas mais baratas, deve alcançar de 2 milhões a 8 milhões de brasileiros na sua primeira etapa, incluindo aposentados e pensionistas, segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
“Temos possibilidade de inserir mais 30 milhões a 50 milhões de brasileiros na aviação. Não conseguimos fazer um programa para todos os brasileiros da noite para o dia. A primeira etapa será com públicos específicos”, disse o ministro nesta quarta-feira, 15, em entrevista à GloboNews. O programa prevê passagens aéreas a R$ 200.
Segundo Costa Filho, a expectativa é que o programa seja lançado em janeiro de 2024. “Apresentamos ontem (terça-feira, 14) o Voa Brasil ao ministro da Casa Civil, Rui Costa. Devemos apresentar ao presidente Lula em dezembro e esperamos anunciar em janeiro”, afirmou o ministro.
Costa Filho voltou a afirmar que o governo brasileiro não aceitará preços abusivos de passagens aéreas. “Os preços das passagens subiram mais de 12% na Europa, mais de 15% nos Estados Unidos e mais de 20% no Brasil, mas não vamos aceitar aumentos injustificados. Em média, o trecho no Brasil é de R$ 580, não se justifica ir para R$ 3 mil a cinco dias da viagem”, disse.
Com informações de Estadão Conteúdo (Ana Rita Cunha)
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