Inteligência Artificial (IA), zero desperdício e plant-forward são tendências no foodservice para 2024. Os temas foram publicados no Mandala Galunion Food&Tech Trends, estudo que foi divulgado durante o Galunion Insights em novembro.
O painel de tendências de negócios trouxe exemplos ligados aos conceitos de efetivamente conveniente, multicanalidade, consumidor protagonista 2.0, marcas virtuais, local e artesanal, food halls e festivais, além de conceitos especialistas.
“Há elementos que fazem uma rede de franquia ou um negócio do segmento ser bem-sucedido. Entre eles, se dedicar mostrando um conceito forte, modelar o seu negócio para que seja robusto o suficiente para ultrapassar desafios que possam surgir e ter um valor consistente para os clientes finais. Sistemas sólidos de treinamento, suporte, desenvolvimento e engajamento do franqueado é fundamental”, afirmou Tom Moreira Leite, CEO e sócio do Grupo Trigo e presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Outro painel foi focado na oferta culinária e trouxe entre as tendências oferta acessível, saúde do corpo e da mente, saúde acessível, inclusão de dietas especiais, plant-forward (vegetais como protagonistas do prato) e valorização da ancestralidade, novo comfort food, explosão sensorial e sabores exóticos.
Para Andressa Cabral, sócia e head chef do Meza Bar e Yayá Comidaria Pop Brasileira, a ancestralidade é aquilo que resiste às intempéries culturais, pois teve um grupo de pessoas acreditando nela. “Há uns 30 anos, as comidas industrializadas estavam em alta. Hoje, a comida caseira, que traz conforto e carinho, é mais lembrada entre diferentes públicos. A ancestralidade fala sobre respeito e equilíbrio, não o exagero, e deve ser potencializadora dos negócios”, ressalta.
O tema do outro painel foi Experiência e Hospitalidade, com tendências como reconhecer meus públicos, valorização dos times, transparência e múltiplas jornadas.
“Nosso DNA faz parte das redes sociais. Com isso, a cada nova loja aberta, buscamos surpreender e fazer diferente. Em uma das lojas, o cardápio é disposto em um telão, o pedido é feito em um totem e entregue em um locker, sem contato físico. Em outra operação, o consumidor pode receber o pedido das ‘nuvens’, por meio de um elevador ou de uma roldana. Todas essas inovações trazem uma diferenciação ao negócio e aumentam o marketing orgânico da marca”, explica, Neire Siqueira, head de expansão e operações estratégicas na We Coffee Brasil.
Quando se fala de diversidade de proteínas, outras opções acabam ganhando espaço no mercado de alimentação além do já conhecido plant-based, como cogumelos, insetos e as proteínas cultivadas. “Precisamos investir em ações que combatem o desperdício. Isso é fundamental em toda a cadeia. Por outro lado, foi possível descobrir um sexto sabor, que se assemelha ao cloreto de amônia. O que quero mostrar é que, no futuro, o perfil genético será levado em conta para compor diferentes cardápios”, finaliza Fábio Gandour, cientista e designer de inovação.
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