Pix cresce, crédito domina e dinheiro desaparece dos supermercados

Faturamento do setor cresce 6,5% em 2024 e bate R$ 1,1 trilhão

Dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mostram mudanças nos meios de pagamento usados pelo consumidor. O cartão de crédito ultrapassou o de débito nos supermercados e respondeu por 31% do total em 2024, ante 25,4% em 2022 (a comparação, nesse caso, não é com o ano passado). O crescimento foi de 21,9% nesse período. Mas a maior alta foi a do Pix: 192,8%, passando de 2,7% para 7,9%.

Divulgado na noite de segunda-feira, 14, o Ranking Abras 2025 mostra que o setor teve faturamento de R$ 1,1 trilhão no ano passado, 6,5% ante 2023. O número de lojas aumentou 2,3%, para 424,1 mil – por elas passam, diariamente, 30 milhões de pessoas. A rede de supermercados manteve 9 milhões de postos de trabalho, diretos e indiretos. E a participação no PIB subiu para 9,1%.

“O varejo alimentar brasileiro é robusto, inovador e essencial para o desenvolvimento do País”, afirmou o presidente da associação, João Galassi, na abertura do Smart Market Abras 2024, encontro que está sendo realizado até esta terça, 15, em São Paulo.

“Os resultados reforçam nossa importância estratégica, destacando a força e a capacidade de crescimento contínuo de um setor vital para a economia e para a população brasileira.” O Top 5 do ranking traz as mesmas empresas do ano anterior, com Supermercados BH (faturamento de R$ 21,3 bilhões) ultrapassando o Grupo Pão de Açúcar (R$ 20 bilhões) e assumindo o quarto lugar.

As três primeiras são Carrefour (faturamento de R$ 120,6 bilhões), Assaí (R$ 80,6 bilhões) e Grupo Mateus (R$ 36,4 bilhões). As cinco maiores somam R$ 278,9 bilhões e as 10 primeiras, R$ 344,6 bilhões. A lista (confira aqui) traz 1.017 empresas do setor.

Enquanto o uso de cartão de crédito nos supermercados cresceu 21,9%, o débito caiu 8,7% de 2022 para 2024. A queda foi maior no caso do dinheiro físico: -23,6%, embora esse meio ainda concentre 17,3% do total. Os vales alimentação e refeição tiveram aumento de 14,3%, enquanto o Pix subiu 192,8% e agora representa 7,9%. Ainda segundo a Abras, praticamente 12% dos consumidores pagaram suas contas sozinhos (self check-outs).

A entidade aponta também “baixa concentração de poder econômico”. Conforme o ranking, elaborado em parceria com a m parceria com a NielsenIQ, as empresas Top 3 correspondiam a 22% do faturamento em 2023. O dado deste ano ainda não foi divulgado, mas as informações disponíveis mostram que essa participação não se alterou.

De acordo com os números apresentados pela Abras, a concentração sobe a 41% na Espanha, a 50% na França, 51% na Argentina, 80% no México, 91% no Chile e 100% no Peru. A pesquisa inclui supermercados convencionais, hipermercados, lojas de vizinhança e de conveniência, atacarejos, contêineres em condomínios e minimercados/mercearias/armazéns/hortifrutis.

Também em 2023, as micro e pequenas empresas de varejo alimentar no Brasil correspondiam a 76,8% do total (318,4 mil, em universo de 414,7 mil). E a 61,1% (5,5 milhões) dos empregos (total de 9 milhões). Dessas quase 320 mil empresas, 72% (228,1 mil) eram minimercados, mercearias e armazéns, 19% (59,1 mil) estavam no comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios e 10% (31,2 mil) no varejo de produtos hortifrutigranjeiros. A referência, nesse caso, é a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae). A Abras cita como fontes o Sebrae, o Ministério da Fazenda e a Receita Federal.

Com informações de Agência DCNews
Imagem: Envato

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