A Hugo Boss cortou nesta terça-feira, 16, suas projeções de vendas para o ano inteiro de 2024, frente à redução nos gastos dos consumidores com artigos de luxo, citando Reino Unido e China como mercados onde as condições são particularmente desafiadoras. Depois do anúncio, os papéis da marca alemã de moda de alta qualidade caem 8,2% em Frankfurt, por volta das 9h (de Brasília).
No cenário revisado, a Hugo Boss agora espera vendas de 4,2 bilhões a 4,35 bilhões de euros (US$ 4,58 bilhões a US$ 4,74 bilhões), representando um crescimento de 1% a 4% em moeda constante. Anteriormente, a empresa havia orientado a receita para 2024 entre 4,30 bilhões de euros e 4,45 bilhões de euros.
Espera-se que o lucro antes de juros e impostos para o ano inteiro seja de 350 milhões a 430 milhões de euros, em comparação com as expectativas anteriores de 430 milhões a 475 milhões de euros.
Crise no varejo de luxo
A Hugo Boss não é a única marca de alta qualidade que viu suas ações caírem após um segundo trimestre fraco. As ações das principais empresas europeias de moda e luxo de alta qualidade foram atingidas nessa semana.
Nesta segunda-feira, 15, a Burberry Group anunciou a troca de CEO da empresa e suspendeu dividendos após desempenho fraco. No início da manhã, pelo horário de Brasília, a ação da Burberry tombava quase 16% na Bolsa de Londres, pesando em outras varejistas de luxo europeias, como as francesas Kering (-3,4%) e LVMH (-1,9%).
No mesmo dia, as ações da Macy’s também caíram em Nova York depois que a famosa rede americana de lojas de departamento encerrar as discussões com a Arkhouse Management e a Brigade Capital Management sobre possível compra da companhia, citando a falta de uma proposta concreta com financiamento garantido e a um valor atraente.
Às 10h55 (de Brasília), a ação da rede de varejo americana caiu14,6% em Nova York.
Com informações de Estadão Conteúdo (Dow Jones Newswires)
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