Segundo informações divulgadas pelo Sebrae, os microempreendedores individuais (MEIs) representam a maior parcela de negócios no país. Apenas no primeiro trimestre de 2023, o grupo chegou a 798.826 representantes, o que abrange 94% dos empreendimentos nacionais. Diante desse contexto, um levantamento realizado pela Associação Pizzarias Unidas do Brasil (Apubra), evidencia que essa grande representatividade desse perfil de empreendedor acontece também no mercado de pizza.
Ao considerar a base de amostragem do estudo que contempla 70.839 pizzarias, é possível identificar que 94% dos estabelecimentos estão classificados como microempresas. Ou seja, locais que operam com menos de dez colaboradores a partir de uma pequena quantidade de capital. Dessa quantia, 53% são MEIs. “A partir do material, que analisa os dez últimos anos do setor, observamos uma evolução. Em 2012 foram abertas 314 unidades de estabelecimentos com o registro de microempreendedor individual. Já em 2022, o número de aberturas identificadas no ano foi de 7.827, totalizando 36.925 pizzarias pelo regime MEI”, diz Gustavo Cardamoni, presidente da Apubra.
Outro dado que vale ressaltar diante desse recorte é que nos últimos três anos, o número de aberturas de MEI no segmento de pizzas (24.494) superou o de fechamentos (14.146). “Acreditamos que a pandemia pode ter tido uma influência nesse cenário, visto que com a chegada da Covid-19 muitos brasileiros perderam o emprego e passaram a enxergar no empreendedorismo uma oportunidade para garantir a renda no final do mês. No caso do microempreendedor individual, as condições de trabalho e as burocracias de operação desses profissionais são menos complexas, o que também reflete na sobrevivência dos negócios”, explica Cardamoni.
Abrangência
O levantamento da Apubra destaca o Sudeste como o maior representante do mercado de pizza, visto que a região concentra 50% dos empreendimentos em operação. Em seguida, encontra-se o Nordeste (21%), Sul (15%), Centro-Oeste (9%) e Norte (5%).
“Percebemos um cenário de alta concorrência no Sudeste. Já Norte e Nordeste são regiões para manter uma atenção especial porque estão demonstrando mais receptividade perante esse tipo de empreendimento”, avalia o presidente, que também pontua a importância de uma busca por desenvolvimento desses profissionais. “O MEI tem um papel importante na economia porque traz a possibilidade do pequeno empreendedor conseguir trabalhar de forma regularizada, mas também sabemos que na prática é um desejo desse profissional crescer só que muitas vezes ele acaba operando em um formato irregular, o que prejudica a evolução do negócio”, revela.
Ainda de acordo com o executivo, o mercado da pizza proporciona um potencial de crescimento, mas que para usufruir das possibilidades do segmento, é preciso se preparar para se manter competitivo. “É fundamental ter um plano de crescimento do negócio, sendo importante refletir sobre a ampliação e estruturação adequada da empresa”, comenta.
Com informações de Mercado&Food
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