Participo pela quarta vez da NRF. Um evento centenário cujo pano de fundo é a contínua evolução do setor de varejo e consumo. São debatidas as melhores práticas, tendências e impactos do contexto político-social-cientifico. Sem dúvida, palcos que trazem convidados inspiradores.
Como especialista em foodservice busco aprender a partir do olhar dessas lideranças do varejo e sua jornada. Tanto no Brasil, mas, especialmente aqui nos Estados Unidos, esse é um mercado mais maduro do que o de foodservice. Desse modo, crio recortes do potencial caminho o qual ainda iremos trilhar, claro, considerando formas de encurta-lo.
Os cases sobre as iniciativas tomadas durante a pandemia de COVID 19 se tornam cada vez mais distantes e o que emerge parece cristalizar um contexto de consistência e continuidade. A tecnologia, sem dúvida, está ainda mais integrada a estratégia das empresas e ela é empregada com maior clareza em sua finalidade. Para permea-la em todos os níveis da empresa se tornou tema fundamental da cultura empresarial e de atendimento ao cliente.
O varejo tem muitas nuances e fica claro que cada um está jogando sob as regras específicas do seu segmento. Superando metas, pontuações e perseguindo o fair play. E por falar em fair play, definitivamente algo mudou em relação ao tripé: Diversidade, Igualdade e Sustentabilidade nesse ano.
Adicionalmente ao Congresso e a Feira da NRF, nós da Delegação Gouvêa Experience, participamos de um programa complementar de visitas técnicas. E uma delas foi na ONU – Organização das Nações Unidas com destaque ao documento “Human Rights” que traduzindo é a declaração dos direitos humanos. Essa visita foi promovida em nosso primeiro dia aqui e nos preparou para estarmos mais atentos a esses temas que impactam na sustentabilidade dos negócios e do planeta.
Em anos anteriores havia um palco e depois uma área (segregada) para mulheres e minorias e, nesse ano, essas pessoas estão espalhadas nos palcos e puderam se expressar de forma igualitária no evento. Não mais como um apêndice.
Espero que você não se pergunte porque isso me impressionou positivamente. Mas, cabe explicar. Estamos vivendo um momento de erosão dos conceitos antigos e toma espaço o redesign da nossa atitude. E essa é uma batalha a se vencer individualmente como ser humano para que possa ser compartilhada com o mundo através de novas e melhores atitudes em liderança.
Feliz 23. Faça a diferença!
Cristina Souza é CEO da Gouvêa Foodservice.
Imagem: Shutterstock