As vendas do varejo restrito, que excluem materiais de construção, automóveis e atacarejo, devem registrar crescimento de aproximadamente 4,5% em volume ao longo de 2024, conforme projeção do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP).
O aumento é associado à elevação da renda, resiliência no mercado de trabalho, transferências de renda realizadas no ano anterior e maior concessão de crédito, mesmo com juros altos, além da recuperação da confiança do consumidor.
O economista Ulisses Ruiz de Gamboa, do IEGV/ACSP, aponta que, para 2025, a expectativa é de desaceleração no crescimento das vendas. “A elevação dos juros, embora não impacte o consumo das famílias de forma imediata, tende a desacelerar a atividade econômica ao longo do tempo, o que reduz a geração de renda e emprego”, explicou Gamboa.
Varejo: 85% das empresas que inovaram tiveram aumento de lucro
Investir em inovação tem se mostrado um diferencial para as empresas do varejo brasileiro. De acordo com um levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 85% das empresas de varejo que inovaram em 2022 relataram aumento de lucro ou valorização de marca.
“A pesquisa aponta que a inovação impacta diretamente o aumento de lucro ou a valorização da marca, o que demonstra o retorno positivo dessas ações”, afirma Maurício Ogawa, diretor de Economia e Inovação da CNC.
Das inovações feitas, 73% foram classificadas como incrementais – pequenas modificações em produtos, serviços ou processos, com menor risco e investimento.
As principais áreas em que as inovações ocorreram incluem métodos de marketing e pós-venda (83%), processamento de informações e comunicação (78%) e práticas de gestão organizacional (74%).