Voltada principalmente para o atendimento a pequenas e médias empresas, a Stone amplia seu escopo ao absorver a clientela da Linx, composta em sua maior parte por empresas médias e grandes. A proposta essencial é oferecer a essa clientela soluções ominichannel, que propiciem a integração das operações físicas e virtuais, em uma combinação de gerenciamento de estoques e também de pagamentos.
Na quarta-feira, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da desenvolvedora de programas para o varejo Linx pela Stone. Segundo a diretora de Operações e Estratégia da Stone, Lia Mattos, o aumento da base de clientes será o efeito mais imediato da formalização da operação, mas o objetivo final vai bem além.
“Tem muito que a gente pode fazer com essa combinação entre software e serviços financeiros para oferecer mais soluções para o cliente”, disse, em referência à expertise de cada uma das empresas.
Com sua capacidade incrementada pela Linx, a Stone espera aportar ainda mais no seu casamento com o Banco Inter, a ser selado com a oferta de ações a ser realizada pelo banco, na qual a adquirente se compromete a ancorar com até R$ 2,5 bilhões, ou o suficiente para adquirir até 4,99% do capital. Em termos operacionais, o laço selado entre as duas empresas se dará no marketplace Intershop, que chegou a 1,7 milhão de usuários ativos e vendas de R$ 676 milhões no primeiro trimestre.
A oferta de R$ 6,8 bilhões da Stone pela Linx foi aceita em novembro do ano passado. No fim de maio, o relator do processo, conselheiro Sérgio Ravagnani, pediu mais 90 dias para a conclusão da análise, mas nesta quarta-feira ele negou recursos de concorrentes, entre elas a Cielo, e considerou que o negócio não traz prejuízos à concorrência.
Com informações de Estadão Conteúdo
Imagem: Divulgação