As vendas do varejo físico brasileiro registraram queda de 0,7% em maio na comparação com o mês anterior, segundo dados do indicador de atividade do comércio da Serasa Experian. Na visão por setores, três dos seis segmentos que tiveram alta foram: tecidos, vestuário, calçados e acessórios (2,0%), supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (0,7%) e combustíveis e lubrificantes (0,4%).
A redução nas vendas registrada em maio foi puxada pelos setores mais sensíveis ao crédito. Isto pode ter sido um reflexo da elevação das taxas de juros de médio e longo prazos, que entram na formação do custo do crédito, por causa do recente acirramento das incertezas quanto à condução da política fiscal. “Além disto, grande parte da população segue inadimplente e a opção por fazer novas aquisições acaba ficando em segundo plano”, explica o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Variação anual mostrou aumento
No comparativo entre maio deste ano e o mesmo mês de 2023, o crescimento das vendas do comércio físico foi de 3,1%.
Nesse cenário, o setor de combustíveis e lubrificantes teve a maior expansão, de 7,9%, seguido pelo de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, que cresceu 5,6%, veículos, motos e peças (4,9%), supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (2,3%) e móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática (2,3%). O setor de “material de construção” foi o único que apresentou retração no período (-1,7%).
Metodologia
O indicador Serasa Experian de atividade do comércio é construído, exclusivamente, pelo volume de consultas mensais realizadas por cerca de 6 mil estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian.
As consultas são tratadas estatisticamente pelo método das médias aparadas, com corte de 20% nas extremidades superiores e inferiores das taxas mensais de crescimento, relativas a cada estabelecimento comercial dentro de cada um dos seis segmentos varejistas pesquisados.
Para a formação da série agregada do indicador Serasa Experian de atividade do comércio, as taxas de crescimento resultantes de cada segmento varejista são ponderadas pelo peso relativo de cada um deles na pesquisa mensal de comércio – varejo ampliado, do IBGE, respeitando-se as suas revisões metodológicas.
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