A Ligga, empresa de telecomunicações ligada ao empresário Nelson Tanure, foi a única a apresentar uma proposta de aquisição inteira da Oi Fibra, a operação de banda larga da Oi, levada a leilão nesta quarta-feira, 17. A Vero e a Brasil Tecpar também estavam habilitadas a participar do certame, mas não deram lances.
A Ligga propôs a aquisição integral do ativo pelo valor de R$ 1,03 bilhão, significativamente abaixo do mínimo de R$ 7,3 bilhões que a Oi esperava receber pelo ativo – cujos recursos serão usados para pagamento de dívidas, conforme previsto do seu plano de recuperação judicial.
Com isso, a audiência do leilão foi suspensa. Agora, a proposta será encaminhada pelos administradores judiciais para os credores analisarem e decidirem se aceitam o valor oferecido pela Ligga.
Caso a resposta seja não, a Oi Fibra vai parar nas mãos da V.tal, empresa de infraestrutura de fibra ótica que, antecipadamente, firmou compromisso com a Oi de arrematar o ativo sem ninguém mais o fizer.
Recuperação judicial da Oi
A Oi, em recuperação judicial, informou em 28 de maio, que o Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro homologou o plano de recuperação judicial da companhia e concedeu a recuperação judicial ao Grupo Oi. Estão incluídas as subsidiárias Portugal Telecom International Finance BV e Oi Brasil Holdings Coöperatief U.A., conforme aprovado em Assembleia Geral de Credores (AGC) iniciada em 18 de abril de 2024 e finalizada em 19 de abril de 2024.
A proposta aprovada pelos credores em assembleia em abril deve solucionar uma dívida de R$ 44,3 bilhões. A aprovação contou com o apoio de 79,87% dos credores quirografários (cujas dívidas não têm garantias), detentores de 56,15% do valor da dívida.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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