A pandemia acelerou o processo de digitalização do mercado brasileiro. O e-commerce e as empresas de tecnologia foram grandes beneficiados desse salto de transformação digital que o período de isolamento social provocou. Mas qual serão as tendências do pós-pandemia? Para discutir esse assunto, o Global Retail Show convidou Patrick Hruby, presidente do grupo Movile, Alexandre Frankel, presidente da Housi e da Vitacon; e Márcio Kumruian, fundador da Netshoes.
Em março de 2020, no começo da pandemia, Hruby assumiu a presidência da Movile, dona de empresas como iFood e Playkids, após o fundador Fabricio Bloisi deixar o cargo para se tornar presidente do iFood. O executivo, que antes trabalhou em empresas como Google e Facebook, chegou com a missão de fazer o grupo atingir a vida de 1 bilhão de pessoas.
Futuro da inovação
Pensando no futuro da inovação no Brasil, o executivo faz duas apostas: inteligência artificial e investimentos em startups. Suas previsões com a “bola de cristal” são baseadas no processo que o Brasil passou na década de 2010, com a popularização dos smartphones, chegada de negócios inovadores como Uber e Airbnb, e a entrada de empresas tradicionais, como ViaVarejo e Magalu, na briga pelo digital.
O presidente da Movile acredita que o próximo passo para o mercado brasileiro será no caminho da inteligência artificial, tecnologia já popular nos Estados Unidos e China. “O Brasil ainda está engatinhando nessa área, falta investimento”, afirma Hruby. Com o tempo, ele imagina que o setor vai se consolidar no país, causando mudanças nas estruturas de trabalho atuais. Os profissionais especialistas em dados e IA serão cada dia mais necessários para as companhias, na visão dele.
Outra tendência que deve se fortalecer com o passar do tempo são os investimentos em startups, segundo o executivo. Com a taxa básica de juros do país cada dia mais baixa, Hruby acredita que mais e mais investidores estarão dispostos a investir em empresas de inovação em busca de um retorno maior.
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