No novo cenário do varejo, a tecnologia deixou de ser protagonista para se tornar um fio condutor invisível que conecta o cliente ao negócio. O objetivo já não é somar canais, mas fazer com que todos funcionem como um só. Esse é o princípio do comércio unificado: um modelo que coloca o consumidor no centro, permitindo que ele compre como, onde e quando quiser, enquanto o varejista opera com uma visão única dos dados e dos processos.
Onde começa e termina hoje uma compra? No site, no aplicativo ou na loja física? Na prática, isso já não importa. O que realmente conta é que o cliente perceba tudo como parte de uma mesma jornada. A cesta unificada é um dos exemplos mais claros dessa transformação. Graças a plataformas de comércio unificado como a Comerzzia, o cliente pode iniciar sua compra na web, adicionar itens pelo WhatsApp e retirar o pedido na loja física sem perder nenhuma informação ao longo do percurso. Cada interação está conectada, garantindo uma experiência fluida, personalizada e coerente, independentemente do canal.
Nesse contexto, a Inteligência Artificial (IA) desempenha um papel essencial. A IA não apenas enriquece e personaliza a experiência de compra, como também ajuda os colaboradores de loja e os departamentos de marketing a trabalharem de forma mais ágil e eficaz, multiplicando seus resultados. Nas lojas, as equipes contam com ferramentas avançadas de clienteling que, apoiadas em dados e em IA aplicada, permitem oferecer um atendimento mais humano — e ao mesmo tempo mais inteligente, personalizado e eficiente. Paralelamente, a IA integrada ao motor promocional e ao Involve CRM-Analytics da Comerzzia ajuda a definir estratégias em tempo real, ajustando campanhas conforme o comportamento real dos clientes para melhorar a satisfação e o retorno. São casos de uso concretos que a Comerzzia, como solução de comércio unificado, já coloca em prática.
A inovação tecnológica, no entanto, não se limita ao software. As integrações com RFID, visão computacional e dispositivos IoT estão transformando a operação nas lojas. Desde os smartcarts, que permitem uma compra autônoma e sem atritos — identificando automaticamente os produtos, aplicando promoções em tempo real e reduzindo o tempo de espera —, até os self check-outs com visão artificial, capazes de detectar erros de leitura ou prevenir perdas desconhecidas. O resultado é uma experiência mais rápida e segura, tanto para o cliente quanto para o varejista.
A essa camada tecnológica somam-se soluções já presentes no dia a dia, como as etiquetas eletrônicas e o digital signage, que, graças à alta capacidade de integração da Comerzzia, são atualizadas em tempo real para exibir preços, promoções ou informações de produtos em diferentes idiomas e formatos. Tudo isso faz parte de uma mesma lógica: um ecossistema em que o dado flui sem interrupções e as informações estão sempre disponíveis, contextualizadas e atualizadas.
Acima de tudo, é evidente que o ponto de venda continua sendo o alicerce do comércio unificado — mas seu papel evoluiu para o de um hub de operações. O que acontece por trás do balcão? Muito mais do que uma simples transação: preparação de pedidos, click & collect, devoluções, gestão de estoque e atendimento ao cliente. Todas essas experiências têm a loja física como referência, complementada por canais digitais que somam e enriquecem o percurso: desde o e-commerce até os aplicativos de fidelidade, Scan & Go ou o próprio WhatsApp. Ao mesmo tempo, a mobilidade com IA integrada empodera as equipes de loja, que passam a ter uma visão unificada do cliente, do estoque e das operações em qualquer dispositivo. Assim, o papel do colaborador evolui de vendedor para um verdadeiro assistente de vendas.
De acordo com a consultoria Gartner, o comércio unificado hoje vai além de garantir experiências crosschannel: trata-se de soluções modulares que combinam a arquitetura MACH (microservices, API-first, cloud-native e headless) com alta capacidade de personalização e integração. Essa abordagem permite que o varejo adapte seu ritmo de inovação, escale com facilidade e mantenha a resiliência diante das mudanças do mercado.
Em resumo, como tudo isso se traduz para o cliente final? Em uma tecnologia invisível, mas cada vez mais poderosa, que se integra sem interferir na experiência de compra. Uma tecnologia que antecipa, aprende e age para melhorar a eficiência do negócio, otimizar a tomada de decisão e fortalecer a relação entre cliente, marca e loja. Porque, em última instância, a inovação no varejo não consiste em adicionar mais ferramentas, e sim em fazer com que todas trabalhem a favor de uma experiência única, coerente e sem atritos.
E é justamente aí que a Comerzzia concentra sua proposta de valor: criar uma plataforma modular, inteligente e preparada para o futuro, que transforma a complexidade tecnológica em uma experiência simples, eficiente e unificada — com processos mais ágeis e simplificados que geram mais vendas e fidelização.
Sergio Lafuente é CEO da Comerzzia.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo
Imagem: Envato














