O programa de incentivo às vendas de carros de passeio já consumiu mais de 60% dos recursos ofertados pelo governo em créditos tributários, pouco menos de duas semanas após o seu lançamento. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, desde 5 de junho até sábado foram consumidos R$ 300 milhões dos R$ 500 milhões destinados ao programa de crédito tributário para estimular esse segmento da indústria automotiva.
Se o ritmo for mantido, os recursos devem acabar nesta semana.
Ao todo, nove montadoras aderiram ao programa, que permite a compra de carros novos com descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil.
Dos modelos chamados carros de entrada (os mais baratos do mercado), só o Fiat Mobi, em suas três versões, e o Renault Kwid terão o desconto máximo de R$ 8 mil em incentivos fiscais.
Carros elétricos
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu nesta segunda-feira, 12, a desoneração de carros elétricos produzidos no Brasil, como forma de estimular a introdução da tecnologia. Durante participação em seminário na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Mercadante lembrou que os Estados Unidos já oferecem bônus de US$ 7 mil para a compra dos carros elétricos produzidos no país.
Na Europa, enquanto a Alemanha já vinha praticando juro zero no financiamento do hidrogênio verde, uma das fontes de energia das baterias dos automóveis, a União Europeia criou um banco público apenas para financiar essa rota tecnológica. “É com isso que vamos competir”, afirmou o presidente do BNDES.
Em meio à transição energética, o Brasil, continuou Mercadante, concede imposto zero para importar carros elétricos. “Não podemos ficar importando produtos acabados”, frisou o ex-ministro.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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