O delivery, seja na casa do cliente, seja no estacionamento da loja – e, se possível, no mesmo dia – não é mais opcional. Por causa da pandemia de Covid-19, ele se tornou prioridade para os varejistas mostra reportagem do Global Retail News. Empresas como Best Buy (faturamento de US$ 42,9 bilhões em 2019), Dick’s Sporting Goods (US$ 8,8 bilhões), Target (US$ 75,4 bilhões) e Walmart (US$ 514 bilhões) aumentaram os pontos de coleta de pedidos em suas redes, criando espaços tanto dentro das lojas quanto na calçada.
Na varejista de eletrônicos Best Buy, por exemplo, dos US$ 5 bilhões em vendas online registrados no segundo trimestre, 41% foram reportados por drive-in ou pelo sistema click & collect. O serviço “Drive Up”, na calçada da Target, por meio do qual a empresa diz disponibilizar 250 mil produtos em 60 minutos, saltou 700% no segundo trimestre. Outros serviços de coleta de pedidos na loja aumentaram 60%.
De acordo com um estudo realizado pela Coresight Research, três quartos dos 50 maiores varejistas americanos estavam oferecendo o serviço até o final de agosto. A financeira Cowen estima que essa fórmula, que combina pedidos pelos sites e aplicativos com entrega em um ponto de venda físico, pode gerar vendas de US$ 30 a US$ 35 bilhões em 2020 para a indústria de alimentos. Para a Cowen, 25% dos consumidores americanos serão seduzidos por esse serviço, que tem entre os maiores benefícios a economia de tempo, em 2020.
No segundo trimestre de 2020, a Amazon, empresa líder mundial em comércio eletrônico, teve dificuldades para dar conta dos pedidos, registrando escassez de estoque, preços altos e erros de entrega. A Dick’s Sporting Goods passou a usar fórmula híbrida. Ela permite que grandes varejistas convertam suas lojas em centros de preparação de pedidos para entregar compras feitas por sites de e-commerce, sem a entrega nas residências, que é mais cara. “O custo da entrega da última milha é pago pelo cliente”, diz Oliver Chen, analista de varejo da Cowen.
Imagem: GRN