O faturamento do mercado farmacêutico cresceu 13,6% de janeiro a outubro de 2020. Nesse período, o volume movimentado por esse mercado foi de R$ 113,02 bilhões, segundo dados da IQVIA, que auditora o setor. As vendas de suplementos, vitaminas, relaxantes e antidepressivos tiveram destaque nos primeiros dez meses do ano – e estão diretamente relacionadas ao momento vivido pela população por causa da pandemia de Covid-19.
Considerando-se as redes associadas à Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), o aumento nos primeiros dez meses do ano foi de 22,95%, e o faturamento, de R$ 13,55 bilhões. Sem considerar a Febrafar, o crescimento do mercado farmacêutico foi de 12,44%. Assim, as redes associadas à federação levaram os índices de crescimento para cima.
“A grande preocupação deste ano foi a crise gerada pelo Covid-19, mas o mercado farmacêutico se mostrou muito resiliente, mais uma vez. Pelo próprio motivo da crise, relacionada a saúde, o mercado não foi afetado. Até crescemos mais do que estava projetado na normalidade. Contudo, diante ao cenário extremamente triste que vivemos, não temos o que comemorar”, afirma o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.
Higiene, beleza e nutrição
Já em setembro, as lojas atingiram a meta de 25% de participação dos HBNs – grupo formado por produtos de higiene, beleza e nutrição. Para a Febrafar, esse resultado específico teve menos a ver com a pandemia e mais com o trabalho feito nas lojas. “Temos feito ações com essa categoria como o HBN Febrafar, que é uma ação que acontece mensalmente em que negociamos com as indústrias e distribuidores condições comerciais diferenciadas, disponibilizando para as redes e lojas”, diz Renata Matias, gerente de contas da federação.
A expectativa é que o crescimento fique acima de dois dígitos quando os dados de 2020 forem fechados. Em relação ao futuro desse mercado, o presidente da Febrafar não prevê muitas mudanças. “Existem vários fatores que contribuem para o crescimento acima da média do canal farmacêutico, dentre os quais podem ser citados a essencialidade, a evolução demográfica, as patologias epidêmicas e o desenvolvimento do mercado”, avalia.
Tamascia afirma que o crescimento só será consistente se esse se der em função da profissionalização das lojas e diz que por isso a importância do associativismo é cada vez maior para os empresários. “Pensar e executar tudo o que é necessário para prosperar no varejo farmacêutico exige tempo, dedicação contínua e muita atenção. O mundo dos negócios é extremamente complexo e tentar crescer de forma individualizada exige uma grande carga de esforço e tempo.”
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