A Lojas Renner informa que as equipes continuam trabalhando para restabelecer o e-commerce em breve após o ataque cibernético sofrido nesta quinta-feira (19) que retirou os sistemas do ar. A empresa destaca que todas as lojas físicas continuam abertas e operando, em atualização do comunicado divulgado anteriormente. Afirma ainda que os principais bancos de dados permanecem preservados.
No documento, a empresa diz que continua atuando de forma diligente para mitigar os efeitos causados. “As equipes permanecem mobilizadas, executando o plano de proteção e recuperação, com todos seus protocolos de controle e segurança e trabalhando para restabelecer todas as operações da companhia.”
No comunicado lançado ontem, a Lojas Renner ressaltou que faz uso de tecnologias e padrões rígidos de segurança, e que continuará aprimorando sua infraestrutura para incorporar cada vez mais protocolos de proteção de dados e sistemas.
Transformação digital
Em entrevista recente à Mercado&Consumo, o CEO da empresa, Fabio Faccio, contou que, assim como outras empresas do setor, a Renner vem passando por uma transformação importante quando se fala em digitalização. Em 2019, antes de o coronavírus gerar alerta no Brasil, de 3% a 4% das vendas eram feitas online. No ano passado, esse índice saltou para 12%. A empresa teve de acelerar mudanças que vinha promovendo desde 2018, o que exigiu paralisações em outras áreas.
Para Fabio Faccio, a estratégia se mostrou acertada. “No momento seguinte, quando a demanda começou a retornar, quando os itens já não era tão discricionários assim, começamos a ver uma melhoria. E isso foi fruto não só do aumento da demanda, mas também das iniciativas que a gente teve para converter uma venda maior digital e levar maior conveniência para esse cliente que mudou seu hábito”, disse.
Faccio afirma, ainda, que a pandemia fez as pessoas entenderam a importância do seu trabalho e assumirem mais responsabilidades, o que elevou os níveis de engajamento a patamares nunca vistos. Ele espera que, passada a pressão da Covid-19, esse ritmo continue o mesmo.
Com informações Estadão Conteúdo (Elisa Calmon)
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