Pelo segundo ano consecutivo as pesquisas relacionadas ao mercado pet bateram recorde. É o que mostra um estudo realizado pela agência SA365, que mostrou que no mês de outubro as buscas associadas ao segmento pet atingiram sua maior marca.
Durante o ano de 2020, as pesquisas envolvendo esse mercado seguiram em ritmo acelerado e registraram o maior volume dos últimos cinco anos. Desde os últimos meses do ano passado, a maioria das pesquisas está relacionada à saúde dos animais de estimação.
O estudo também mostrou uma mudança sobre os temas relacionados às pesquisas sobre pets nos últimos anos. Entre 2016 e 2018, a maioria das buscas era sobre um conteúdo mais generalista, como informações sobre raças de cachorros, marcas do setor e jogos ou filmes infantis com temáticas de animais.
Já entre 2018 e 2019, as pesquisas no universo pet se expandiram para outros tipos de animais além dos cães e gatos. Registrou-se um aumento no interesse por furões, roedores e porquinhos da Índia.
Segurança do animal
No período entre 2019 e 2020 o tema principal das buscas mudou novamente, com foco agora na segurança do animal doméstico. Termos como abrigo para animais, adoção, resgate e seguro se mantiveram em alta durante esse período.
De 2020 até agora, o que está sendo tendência são as buscas que envolvem as questões de saúde pet. Destacam-se as pesquisas por “Samu pet” e “planos de saúde para animais”, que apresentaram o maior crescimento.
Ainda nos temas de saúde animal, a busca por alimentação natural para pet tem se destacado, segundo o estudo feito pela SA365. Entre os principais fatores para isso, está o aumento no preço das rações, de cerca de 25% no semestre, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
Outro fator é o aumento de animais com sobrepeso chegando a 30% dos animais domésticos da cidade de São Paulo, segundo estudo do Hospital Veterinário Sena Madureira.
Tendências para 2022
O estudo também apontou as principais tendências para o setor no próximo ano. De acordo com os resultados, já existe um movimento de pesquisa por acessórios tecnológicos, como alimentadores automáticos e coleiras inteligentes.
Outro ponto que também tem afetado o comportamento de consumo dos donos de animais de estimação é o e-commerce. Segundo dados da Comissão de Animais de Companhia (Comac), 74% dos tutores realizaram mais compras online dentro do segmento pet.
Segundo a Abinpet, o Brasil ocupa a terceira posição no ranking internacional de mercado pet. O País está atrás apenas de Estados Unidos e China. Em 2020, o mercado pet faturou o equivalente a R$ 40,8 bilhões.
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