Cerca de 62% dos consumidores estão dispostos a mudar seus hábitos de consumo para reduzir o impacto ambiental. Os dados são da pesquisa feita pelo IBM, em parceria com a National Retail Federation, e divulgados dias antes do início do Retail’s Big Show, maior evento de varejo do mundo, que acontece entre os dias 16 e 18 de janeiro.
A Mercado&Consumo embarcou para a NRF 2022 com a delegação da Gouvêa Ecosystem e fará uma cobertura exclusiva dos principais momentos do evento.
O levantamento ainda aponta que metade dos entrevistados estão dispostos a pagar mais pela sustentabilidade, até 70%. Isso equivale ao dobro do que foi registrado pela pesquisa em 2020. Entretanto, existe uma lacuna entre intenção e compra, com apenas 31% dos entrevistados dizendo que produtos sustentáveis foram a totalidade ou grande parte de sua última compra.
“A pesquisa mostra ao longo do último ano que a sustentabilidade se tornou cada vez mais importante para os consumidores, embora ainda haja uma lacuna entre suas intenções e ações devido à falta de informações no processo de compra”, ressalta Luq Niazi, global managing director do IBM Consumer Industries.
Jornada híbrida
Mais de 19 mil consumidores que responderam à pesquisa. Um dos principais resultados foi que as compras híbridas estão aumentando devido as condições e novos hábitos de consumo desenvolvidos durante a pandemia da covid-19. Os resultados mostram que os varejistas precisam ser mais ágeis para atender os consumidores em todos os lugares, integrando digital e físico.
O levantamento destacou também que 72% dos entrevistados usam a loja física como método de compra e entre os principais motivos para visitar uma loja estão o sentir e tocar o produto, com 50%, e obter os produtos imediatamente, com 43%.
Nas compras híbridas, cerca de 27% dos consumidores destacaram que esse é o modelo de compras preferido. Os números também apontaram que os consumidores da ‘geração Z’ são mais propensos a serem compradores híbridos, em comparação a outras faixas etárias.
“Embora muitos consumidores pesquisados ainda valorizem a experiência tradicional de compra em lojas físicas, agora eles também esperam flexibilidade para construir sua própria jornada de compra”, comentou Mark Mathews, vice-presidente de Desenvolvimento de Pesquisa e Análise da Indústria da Federação Nacional de Varejo.
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