Com a população vacinada, a convivência, os encontros com os amigos e familiares voltam, ainda que gradualmente e com medidas de segurança, ao modo presencial. Essa retomada deve estimular o setor de foodservice, gerando novos postos de trabalho e o retorno dos consumidores em espaços físicos.
Para garantir um atendimento personalizado e único no foodservice, experienciado por meio da atenção e empatia, além de ter uma equipe capacitada, a adesão de novas tecnologias pode facilitar a operação e ajudar a atrair e fidelizar clientes.
“Usar a tecnologia para mapear comportamentos, identificar os consumidores e suas preferências, pode ser um caminho. Adotar uma tecnologia que faz diminuir o tempo de entrega ou de produção do cardápio, também pode ser uma solução necessária”, afirma Simone Galante, fundadora e CEO da Galunion.
Ela explica que o processo de escolha é multifacetado na mente dos consumidores e, se tiver boas experiências com uso de tecnologia, ele vai procurar repeti-la. “Fidelizar um cliente, no fundo, é invertido. Isso acontece quando nós somos fiéis aos clientes, ouvindo-os, entregando a eles a possibilidade de pertencerem a uma causa ou à uma comunidade. O consumidor chega de diferentes formas e estímulos, mas permanece ao se conectar com este senso de pertencimento ao perceber que determinada marca o entende”, afirma.
Para serem adotadas, as novas tecnologias exigem um olhar bem apurado e focado no que, de fato, pode trazer de benefício para o cliente se sentir melhor ao se relacionar e escolher o seu negócio.
Negócio figital
Para Glauco Moreno, consultor de Treinamento na Galunion, se o negócio é digital, como as soluções que operam via delivery ou Grab n’Go, vale considerar a integração dos canais físicos e digitais e embarcar no mundo fígital.
“Será preciso garantir uma equipe capacitada para um atendimento personalizado e único, experienciado por meio da atenção e empatia, com cada consumidor e em cada pedido. Os clientes estão ávidos por experiências mais humanizadas e os negócios precisarão ter o toque humano, o olho no olho”, diz.
Outras tendências que devem permanecer, segundo a Galunion, são o delivery e as dark kitchens. Mas há um ponto de atenção: os custos de aquisição digital dos clientes e da logística de entrega. Seguindo essa análise, os modelos que estão ganhando tração já descobriram como equacionar melhor estas duas questões e usam fortemente dados e tecnologia para aprimorar os processos.
Práticas ESG
Assim como em outros setores, o ESG vai se disseminar cada vez mais no foodservice. Com a inflação em alta, aponta Simome, as empresas devem repensar processos e rever onde há mais desperdício.
“Os processos de gestão e governança das empresas passaram por um grande teste de agilidade e relevância durante a pandemia, afinal se você não tem os números do seu negócio em tempo real, a tomada de decisão ficou muito prejudicada. Em tempos de crise e de inflação, há alterações tão significativas que você precisa mais do que nunca ter dados, contato direto com os clientes, fornecedores parceiros e seu time”, destaca.
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