A Siemens anunciou nesta quinta-feira que deixará o mercado da Rússia, “como resultado da guerra na Ucrânia”. A companhia informa em comunicado que já começou a reduzir suas operações comerciais e todas as suas atividades de negócios industriais no país, acrescentando que o impacto financeiro da decisão será reportado como parte de seu balanço regular do segundo trimestre.
Após o começo da guerra, a Siemens já havia colocado novos negócios e entregas internacionais para Rússia e Belarus em “modo de espera”, lembra a empresa.
Com sanções internacionais abrangentes e as medidas retaliatórias já em vigor e potenciais, há um impacto nas atividades da empresa, em particular no serviço ferroviário e de manutenção, aponta.
O executivo-chefe da Siemens, Roland Busch, condena a guerra no comunicado. Segundo ele, a decisão de sair do país não é fácil, por relações duradouras com funcionários e clientes, “em um mercado no qual temos estado ativos há quase 170 anos”.
A Siemens diz que pretende realizar um processo ordenado de redução das atividades no país, em linha com as exigências regulatórias e as sanções internacionais em vigor.
Onda de saídas
Desde o início do conflito as grandes empresas anunciaram a saída ou a suspensão de suas operações no país. O McDonald’s, por exemplo, fechou temporariamente todos os 850 restaurantes em território russo. Dias mais tarde, foi a vez de Starbucks e Coca-Cola suspenderem as operações por lá.
No mês de Abril, a companhia de telecomunicações finlandesa Nokia confirmou que deixou os negócios no mercado da Rússia e informou que, com isso, realizou uma provisão de 100 milhões de euros em seu balanço relativo ao primeiro trimestre. No mesmo período, a Intel anunciou a suspensão das operações e o Société Générale informou que deixou de operar no país.
Com informações de Estadão Conteúdo: (Gabriel Bueno da Costa)
Imagem: Shutterstock