Presidente do BB defende foco em evolução tecnológica ‘sem abrir mão das pessoas’

A executiva esteve presente no South Summit Brazil, em Porto Alegre, no período da manhã desta quinta-feira

A presidente executiva (CEO) do Banco do Brasil (BB), Tarciana Medeiros, avalia que a pandemia exigiu uma aceleração digital nas empresas, com uma rápida necessidade de adequação tecnológica. No entanto, ela defende que é preciso focar nessa evolução, mas junto à atuação humana.

“Depois da pandemia, com a aceleração digital, houve a necessidade de se adequar rapidamente. Mas focamos na evolução tecnológica sem abrir mão das pessoas. Colocamos pessoas a serviço das pessoas”, disse Medeiros, durante painel no South Summit Brazil, em Porto Alegre, no período da manhã desta quinta-feira.

Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza, concorda. “O digital é uma cultura, não uma escolha. Mas temos que estar onde o cliente estiver, e nunca as pessoas foram tão importantes”, afirmou a executiva.

Ela comentou que o cliente se incomoda quando o contato no atendimento digital é apenas com robôs, por exemplo. “O atendimento é um diferencial, seja ele digital ou fisicamente. E o diferencial é a forma como a gente inova.”

Mas a tecnologia é vista como essencial para os negócios das duas empresas. “O Brasil tem o melhor sistema financeiro do mundo, nós vendemos e exportamos tecnologia bancária. No banco, temos alta capacidade de processamento; a cada 9 segundos, pelo menos 10 mil Pix são processados”, conta Medeiros.

Trajano, por sua vez, destaca que a varejista “precisa estar onde o cliente estiver”, inclusive com as lojas físicas. “Vamos continuar tendo loja física, isso não vai acabar, mas vai ter uma nova roupagem”, destacou.

Distrito e Oracle

O Distrito, plataforma de inovação, inteligência e tecnologia para startups, anunciou nesta quinta-feira, 21, uma parceria com a Oracle para a criação de uma “fábrica” de inteligência artificial para empresas, o GenAI Lab. O objetivo é entender o negócio da companhia, avaliar se a inteligência artificial faz sentido em algum dos processos e desenvolver uma solução customizada.

“Tem muita gente que fala de IA, mas quando chega dentro da empresa, como se utiliza isso? Então nossa ideia é somar tecnologia com conhecimento de consultoria, entender o negócio do cliente e criar uma fábrica de inovação”, afirmou Gustavo Araújo, diretor de investimentos (CIO, na sigla em inglês) do Distrito, ao Broadcast Investimentos, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O anúncio foi feito durante encontro com convidados às margens do South Summit Brazil, evento que acontece nesta semana, em Porto Alegre.

Segundo Guilherme Cavalcanti, diretor na Oracle, o projeto piloto acontece desde o final de janeiro e a Oracle entra com a “engenharia” de inteligência artificial. “Queremos oferecer essa tecnologia de forma mais palpável, e não é IA pela IA. Tecnologia é o meio e queremos trazer inovação para o business (negócios)”, afirma.

Com informações de Estadão Conteúdo (Bruna Camargo).
Imagem: Shutterstock

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