O Santander Brasil está na expectativa de receber o aval do Banco Central para avançar com a listagem da Getnet, sua empresa de maquininhas, no Brasil e nos Estados Unidos. Enquanto a bênção ainda não vem, a empresa já entregou, na semana passada, os documentos necessários para iniciar as operações na B3 e na Nasdaq, berço de tecnologia dos EUA.
Em paralelo, o negócio da Getnet está sendo segregado do banco dentro da estratégia de dar vida própria à empresa e torná-la parte de uma operação global de pagamentos do conglomerado. A proposta de segregação da participação acionária do Santander Brasil na Getnet foi aprovada no fim de março.
Dessa forma, automaticamente, a empresa de maquininhas estará cotada tanto no País quanto nos EUA, assim como o próprio Santander Brasil.
Na última sexta-feira, 14, a Getnet entrou com pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ser uma empresa aberta. A solicitação é para a categoria A, ou seja, que permite a emissão de ações. Não há atrelada, contudo, uma solicitação para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), de acordo com informações da autarquia. O mesmo processo foi feito com a Nasdaq, conforme informações no site da SEC, a CVM americana.
O grupo espanhol Santander pretende listar a brasileira Getnet em bolsa em 2021. No primeiro trimestre, a empresa capturou R$ 86,8 bilhões, volume 46,62% maior que o visto um ano antes.
O lucro líquido da Getnet foi de R$ 110 milhões no primeiro trimestre deste ano. Já em 2020, o resultado foi de R$ 359 milhões. A base de clientes ativos da Getnet atingiu 875 mil ao fim de março, 14% de crescimento em um ano. A empresa confirma o início do processo de abertura de capital.
Com informações de Estadão Conteúdo
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