Marcas de produtos orgânicos levam substitutos da carne para o foodservice na NRA Show 2024

CEO da SaudaBe aponta diferenças de mercado brasileiro e americano e comenta as novidades do segmento de saudáveis

Carnes vermelhas e brancas, como peixe, porco e frango, já podem ser substituídas por produtos análogos não só em casa, mas também por bares, restaurantes e buffets. As marcas de produtos plant-based e saudáveis do varejo mostraram ao foodservice como preparar e apresentar esses produtos na maior feira do setor das Américas, a NRA Show, que termina nesta terça-feira, 21, em Chicago, nos Estados Unidos. A MERCADO&CONSUMO viaja em parceria com a delegação da Gouvêa Foodservice e faz uma cobertura especial do evento.

Bruna Pavão, fundadora e CEO da SaudaBe Group, afirma que apesar de ser um mercado novo para o Brasil, os norte-americanos já estão mais avançados. Uma das diferenças que ela observou entre os dois países é justamente é o segmento de análogos – produtos que são substitutos quase idênticos às carnes. Lá, é essa presença no mercado é muito mais forte, razão pela qual o portfólio é bem mais diversificado que aqui.

“No Brasil, a gente busca muito ainda a saudabilidade em produtos clean label e não necessariamente em análogos”, analisa Bruna. Alimentos clean label são aqueles livres de conservantes e aditivos químicos.

Outra diferença observada pela executiva é como as companhias são bem resolvidas quanto ao posicionamento no segmento de saudáveis, orgânicos e plant-based, desde o branding à comunicação com o varejo. “Já mostram as embalagens, a preparação ideal para o restaurante ou um buffet”, comenta a CEO. “Algumas marcas já têm esse cuidado de se adaptar ao público do foodservice”, diz.

Trilha da saudabilidade

Bruna Pavão foi a executiva responsável por selecionar a rota da delegação da Gouvêa Foodservice no espaço dedicado à saudabilidade. Ela selecionou cinco marcas e explicou as escolhas com seus insights.

  • Oatly’s

É uma empresa sueca que faz tudo à base de aveia, por isso o nome, e fatura cerca de US$ 700 milhões . A estratégia go-to-market, que significa lançamento e posicionamento de um novo produto ou serviço, é a entrada no mercado via cafeterias, gerando experimentação com campanhas e, depois, fortalecimento no varejo. Agora, a Oatly está investindo mais pesadamente na versão barista. A novidade é o half&half ( meio leite, meio creme), uma solução aderente ao mercado americano.

  • Impossible

A empresa fez o caminho contrário. Foi muito forte no varejo, que está bastante competitivo nessa categoria, e agora busca mais espaço no foodservice. Seus produtos sempre foram à base de soja, porém, lançou na NRA uma nova formulação feita com aipo.

  • Prime Roots

A companhia conseguiu reproduzir um ícone americano: o bacon. Destaque também para as soluções em pizza plant-based.

  • Konsciouse

Fez o mesmo papel que a Prime Roots, mas com a cozinha asiática. Um mercado interessante pensando no momento de inflação e preço alto de produtos frescos como os do mar.

  • Sea Tales

Única empresa da lista que não possui produtos à base de plantas, o diferencial da marca é a sustentabilidade. A origem do produto é de pescadores locais, os quais são identificados nas embalagens. Pensando no food é possível contar história do prato através da origem dos alimentos.

Imagens: Bruna Pavão/MERCADO&CONSUMO

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