Os consumidores millennials, cuja idade varia de 25 a 42 anos, gostariam de ter mais acesso a produtos verdes. Por conta dos preços mais altos, porém, acabam optando pelos produtos tradicionais.
Segundo o estudo GfK Consumer Life 2021, os millennials esperam que as empresas assumam uma parcela maior de responsabilidade dentro do tema e façam um esforço educacional mais amplo.
“Isso impacta diretamente nas empresas que fornecem produtos verdes e contam com um trabalho efetivo de preservação do meio ambiente, afinal, se não há informação e se o custo não está dentro da realidade do consumidor, cai o engajamento desse setor”, afirma Felipe Mendes, diretor-geral da GfK para América Latina.
Confira os 5 pontos citados sobre a sustentabilidade
- Tornar as empresas mais responsáveis na agenda sustentável (83,2%)
- Melhorar a educação e informação de como ser mais sustentável (65,8%)
- Produtos e/ou serviços sustentáveis adequados para renda do brasileiro (51,4%)
- Melhorar a qualidade dos produtos sustentáveis (32,9%)
- Cobrar governo e órgãos públicos mais responsabilidade quanto às iniciativas ecológicas (32,8%)
O levantamento aponta que os millennials são os que mais se preocupam com as causas ambientais, com 49%. Já a geração Z, nascida a partir de 1998, soma apenas 26,1%.
Mendes destaca que no Brasil há um interesse genuíno em preservar o meio ambiente, mas os consumidores nem sempre sabem quais ações podem tomar.
“Este é um dado muito importante, já que é a geração Z que, possivelmente, sentirá mais impacto perante os problemas ambientais e se nós quisermos tornar a sociedade mais responsável e autossustentável, é necessário inserir o jovem nessa discussão, entender quais são suas preocupações, suas sugestões e como as organizações podem conversar com essas pessoas”, diz Mendes.
Segundo ele, as mudanças convivem junto com a necessidade de impulsionar a inovação em ações direcionadas, produtos e serviços ecologicamente sustentáveis, além da comunicação entre consumidor e empresa.
“Por mais que haja iniciativas que impulsionam transformações sustentáveis, ainda há longo caminho a ser percorrido”, diz.
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