O setor de alimentação e entretenimento foram altamente atingindo pela crise causada pelo coronavírus no mundo inteiro. Pensando nisso, o Mercado & Consumo em Alerta trouxe para o assunto para o debate em sua edição temática. Nesta amanhã (22), Cristina Souza, CEO da GS&Libbra e Janice Mendes, diretora Executiva da GS&Malls mediaram um bate-papo com Ricardo Garrido, um dos sócios da Cia. Tradicional de Comércio; João Augusto Fugiwara, diretor Regional da Subway e Adrían Aguilera, diretor de Expansão do Cinépolis.
A conversa rendeu alguns insights que podem ser conferidos a seguir:
1 – O setor de foodservice fora do lar foi um do mais afetados pela crise dessa pandemia, uma vez que tiveram que fechar seus negócios. O delivery precisou amadurecer para atender a alteração de comportamento do consumidor;
2 – Ainda sobre foodservice, o setor sai mais fortalecido da crise uma vez que o consumidor está ansioso, com saudade de voltar uma vez que a essência desse segmento é congregar pessoa. Ao mesmo tempo estar preparado para atender as novas demandas do novo consumidor mais exigente com segurança alimentar e do ambiente;
3 – A retomada do segmento deverá ser de forma equilibrada no ponto de vista do Ricardo onde teremos três pilares importantes nessa fase: Governo com definição dos protocolos, empresariado cumprindo essas exigências e principalmente a sociedade que terá “times” (tempos) diferentes para retomada da confiança em voltar para o entretenimento;
4 – No setor de entretenimento, cinemas em específico, nem todas as revoluções tecnológicas- TV a cabo, Netflix, foram tão nocivas ao segmento. Segmento com fechamento em 100% dos seus negócios. Não tem opção de vendas on-line e ainda sofrem com seus principais fornecedores – produtores de filme que também não estão investindo nesse momento. Outro ponto negativo do setor é que mesmo com a reabertura dos shoppings centers lançamento de filmes não pode ser feito de forma não linear. O segmento provavelmente será um dos últimos a voltar e algumas ações serão tomadas, mas que também não são lineares dada a extensão territorial do Brasil, tais como: migrações para questões mais tecnológicas, pagamento antecipado, escolha de assentos, etc;
5 – A aceleração e impulsionamento do delivery foram mandatórios para a Subway. Como as ações da Covid- 19 ainda têm poucas informações – e não lineares – a segurança de seus colaborares foi sua principal preocupação. A empresa ainda teve ações de programas de doações;
6 – Uma dificuldade para planejamento do futuro do segmento passa pela pouca informação e nível de incerteza que todos temos. Mas a retomada passará obrigatoriamente por ações de ações em hospitalidade digital na opinião do Ricardo. Ele acredita que TODOS as ações que assegurem a saúde dos consumidores são mandatórias mas não podemos transformar o segmento de alimentação fora do lar e entretenimento se transformem num pronto socorro;
7 – O segmento de cinemas é bastante resiliente que já sobrevive há 100 anos mesmo com a revolução tecnológica.
Reveja o webinar desta manhã:
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