Atento aos novos hábitos dos consumidores em um momento em que o uso de maquiagem sofreu um abalo dadas as recomendações de isolamento social, o Grupo Boticário apostou na inteligência artificial para desenvolver novos produtos.
A pesquisadora do Grupo Boticário, Milene Haraguchi Padilha, uma das convidadas do 31º Congresso da IFSCC, (Federação Internacional de Sociedades e Químicos Cosméticos), apresentou seus estudos em um dos podiums do congresso. E o olhar neste caso está no futuro do batom, um item que deve ganhar força quando as máscaras deixarem de ser obrigatórias.
No estudo que será apresentado, a equipe de Pesquisa em Maquiagem do Grupo Boticário, em parceria Bruno Golfette, consultor em Data Science, buscaram compreender a preferência das consumidoras e prever suas necessidades futuras, por meio de tecnologias de inteligência artificial e métodos combinados de machine learning para desenvolver as cores de batons mais solicitadas.
Para criar a melhor representação dos batons, dados qualitativos foram utilizados para construir clusters de semelhança entre produtos e consumidores. Informações sobre o comportamento dos consumidores nas redes sociais, taxa de conversão por canal e avaliação dos produtos online foram utilizadas.
Os resultados obtidos demonstram as cores dos batons mais usados e que devem compor um portfólio ideal das marcas do Grupo. A partir das informações coletadas na pesquisa, será possível desenvolver uma ferramenta que auxiliará no desenvolvimento de novas tonalidades de batons, com texturas e acabamentos diferentes de forma mais acelerada do que antes da pandemia.
Neste primeiro momento, a base de dados usada levou em conta informações de “quem disse, berenice?”, mas a intenção é levar a ferramenta para outras marcas da empresa. Neste caso, a partir de um banco de dados ainda maior, mais análises e outros tipos de produtos poderão ser desenvolvidos.
“A partir da combinação de dados obtidos por meio de cálculos matemáticos que levaram em conta os hábitos das consumidoras, chegamos a tons inexistentes que tendem a ser muito bem vistos e que servirão como ponto de partida para lançamentos futuros. Com essa modelagem, é possível prever também desde as vendas de produtos com novos atributos por meio de modelos preditivos, até o canal e o momento certo para o lançamento de novos produtos no mercado”, contam Milene e Bruno.
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