Por Janice Mendes*
Nos dias atuais já está bem claro que, querendo ou não, a sua marca muito possivelmente estará presente nas redes sociais. Não tem muito tempo que iniciamos no segmento brasileiro de shopping centers a discussão sobre ser ou não ser digital. Lembro que estava eu sentada na plateia do 11º Congresso Internacional da Abrasce – Associação Brasileira de Shopping Centers, no ano de 2010, assistindo ao painel dirigido por Luiz Alberto Marinho – sócio diretor da GS&BW, junto com o irreverente Marcelo Tas. A discussão naquele momento trazia à tona a questão do estar ou não estar nas redes sociais. De lá para cá, o assunto evoluiu muito. Os malls brasileiros fincaram suas bandeiras no território do “social networks”. Podemos ver os perfis dos empreendimentos, em diferentes redes, pipocando posts e as famosas hashtags nas redes sociais.
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Já avançamos no entendimento da importância de estarmos presentes de forma ativa nas redes sociais, embora ainda haja um caminho longo para ser percorrido no sentido de relevância. É recorrente encontrar empreendimentos que só fazem a reprodução da comunicação de massa, produzida para mídia impressa e TV, em seus perfis. Sem falar que ainda existe um abismo grande entre o mundo “ON” e o “OFF”, quando na verdade estamos em um único universo e o correto seria a união destes universos.
Fato é que as redes sociais chegaram para ficar, trazendo infinitas possibilidades de dialogar com públicos clusterizados e, se comparadas com os meios tradicionais de comunicação, com possibilidades superiores de mensuração e obtenção de resultados efetivos . Porém, para conseguir surfar esta onda e obter resultados relevantes, não dá mais para fazer comunicação como antigamente.
Para simplificar o assunto, separamos abaixo 5 regras de ouro para um shopping center se destacar nas redes sociais, garantir resultados e principalmente conquistar fãs além do universo online.
1. Não esqueça dos objetivos e estratégias de marketing
Precisamos sempre lembrar que redes sociais são só a ponta do iceberg! É o território tático e como qualquer ação tática é necessário que esteja alicerçada pelos objetivos de marketing definidos anteriormente e convergindo para o atendimento das estratégias.
Percebemos, com a prática, que durante planejamentos digitais para shoppings, localizados em diversas praças, não é rara a necessidade de voltarmos um passo para a definição de objetivos e estratégias de marketing antes de seguir com o planejamento digital.
Portanto, também cabe, para a atuação nas redes sociais, a famosa frase: “Se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve”.
2. Escolha a ferramenta que melhor conversa com seu público
Esta regra propõe um exercício de reflexão sobre qual rede social (Facebook, Instagram, Snapchat etc.) em que a sua marca deverá estar ativa. Ao fazer este exercício, você certamente vai encontrar muitas possibilidades disponíveis. Para fins de marcar território, é valido criar o perfil nas maiores e principais redes sociais existentes. Porém, certamente existem canais que serão menos ou mais aderentes ao seu negócio e convergentes às suas estratégias. Por isso, invista tempo nas que apresentarem melhor conexão com o público almejado.
3. Produza conteúdo relevante
Começando pelo começo: é óbvio e muito importante, antes de mais nada, conhecer seu público! Perguntas como “Para quem se destina o conteúdo?” e “Quem deverá ser envolvido?” devem, a todo momento, povoar a mente do responsável pela produção de conteúdo. A próxima missão é aplicar, em cada ferramenta escolhida, o conteúdo e linguagem apropriada. Cada rede social tem um formato de conteúdo que engaja mais e por isso posts únicos e exclusivos em plataformas diferentes garantem que a mensagem será entregue da melhor maneira para o seu fã. Por isso, o famoso copiar e colar em diferentes lugares pode não ser uma ideia tão boa assim.
Seja qual for a rede escolhida, é imprescindível que o conteúdo seja genuíno, envolvente e atraente. Sem esquecer que rede social nada mais é do que pessoas conversando com pessoas, pessoas conversando com marcas, marcas conversando com pessoas e marcas incentivando pessoas a conversarem entre si. Tudo que estiver longe deste conceito estará distante linguagem apropriada para redes sociais.
4. Medir resultados
Recorrendo ao famoso guru de administração Peter Drucker, aplicamos a sua famosa frase na 4ª regra de ouro: “o que não é medido não pode ser gerenciado”. Existem várias ferramentas para auxiliar na mensuração de resultados no mundo do “social networks” que possibilitam saber exatamente qual o perfil do público que estamos impactando, qual a sua localização, qual ponto de partida do acesso, comparação da sua interação com a de seus concorrentes e, entre outras informações, é possível até mesmo ter um termômetro do sentimento da interação entre fãs e marcas. São ferramentas, muitas vezes, gratuitas que permitem avaliar os indicadores de performance, para o monitoramento de alcance dos objetivos estabelecidos.
5. Oportunidades de proporcionar experiências e conquistar novos fãs
Vamos combinar que não deve existir uma barreira separando o momento “ON” e o “OFF” dos consumidores, certo? Então levar o que é sucesso na redes sociais para o Mall e no caminho contrário, trazer o que é sucesso no Mall para as redes sociais, é a forma perfeita para liquidar o abismo entre os dois mundos, proporcionando interação e engajamento com o seu consumidor.
É importante reconhecer que estamos, sim, caminhando, mas o consumidor segue avançando com velocidade bem acima da nossa. Enquanto estivermos apostando todas as nossas moedas na velha comunicação, estaremos jogando uma boa quantidade delas na lata de lixo! #PenseNisso
*Janice Mendes (janice@gsbw.com.br) é gerente de Projetos da GS&BW.