Empresários das maiores redes de shopping centers do Brasil estão otimistas com relação ao fim de 2020, na medida em que as regras de isolamento social são abrandadas no País e o movimento dos consumidores aumenta. Eles debateram os desafios do momento e o que vem pela frente em termos de consumo, tecnologia e inovação em um congresso promovido pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
“Novembro e dezembro podem ser até melhores do que esses mesmos meses do ano passado. O isolamento criou uma demanda reprimida, as pessoas querem sair, comprar, ir a restaurantes”, afirmou José Isaac Peres, presidente da Multiplan. Marcos Carvalho, copresidente da Ancar Ivanhoe, relembrou que 2020 foi um ano de aprendizado e adaptação, mas que o segmento entra em uma fase melhor. “É um ano que vai ficar marcado, mas a recuperação está aparecendo, os consumidores estão voltando”, disse.
Para Carlos Jereissati, CEO da Iguatemi, a pandemia foi transformadora para a indústria de shoppings como um todo e ele relembrou a expansão da plataforma de marketplace da companhia, o Iguatemi 365. “Saímos de 50 marcas e chegamos a mais de 300. Também crescemos além de São Paulo, para outras importantes capitais”, explicou.
Ruy Kameyama, CEO da brMalls, confirmou o fortalecimento do mundo digital. “Todos os negócios serão impactados pelo digital. O ritmo de inovação e adaptação vai ter de ser muito alto ou vamos perder
relevância. Mas a mudança precisa começar internamente, com a transformação do time, da cultura e da forma de operar”, afirmou.
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