Quase dois terços dos brasileiros (64%) não têm marcas ‘queridinhas’ em suas cestas de compras de itens do dia a dia, como alimentos, bebidas e produtos de higiene e limpeza.
Entre os consumidores pouco fiéis, o principal fator que leva à troca de uma marca na hora das compras é o preço. Segundo uma pesquisa do Google encomendada à Offerwise, 37% das pessoas costumam trocar de marca quando encontram uma boa oferta.
Outros 21% dos consumidores estão de olho em atributos de conexão da marca com seus valores pessoais, como sustentabilidade. Somente 6% do total se autodeclaram como “desapegados” e que estão sempre mudando de marcas.
“Vivemos um período de transformação na forma como o consumidor interage com as marcas de bens de consumo, criando um cenário mais desafiador para a continuidade do crescimento dessas empresas”, explica Marco Bebiano, diretor de negócios para o segmento de bens de consumo do Google Brasil.
Apenas 10% dos consumidores da Geração Z não levam em conta o reconhecimento de marca na hora de comprar produtos na categoria de bens de consumo. O que eles mais buscam na hora da compra são experiências e produtos personalizados.
Em busca de conexão
A maioria dos brasileiros (88%) acredita que há marcas nos segmentos analisados que conseguem se conectar melhor com os consumidores. Temas como sustentabilidade (43%) e diversidade e igualdade (38%) são a base dessa conexão com as empresas. Quando perguntados sobre o que consideram mais importante para escolher uma marca, o propósito (20%) foi o quinto fator mais citado. Inclusão ficou em sétimo lugar na lista com 18%.
“É urgente que a indústria repense o desenvolvimento de produtos e a comunicação com os brasileiros e busque uma nova relação baseada em propósito e valores comuns”, diz Bebiano.
Além da sustentabilidade, outros atributos ganham destaque na preferência do consumidor. Produtos desenvolvidos sob medida são valorizados por 65% dos consumidores. Mais da metade (54%) também afirmou dar mais valor a produtos produzidos por pequenos produtores e 48% declarou valorizar produtos feitos no Brasil.
Os entrevistados também apontaram sua preferência em relação a como o processo de compra deve mudar no futuro:
- As compras devem ser mais rápidas e práticas (78%);
- Espera o surgimento de novos meios de pagamento (57%);
- A experiência de compra deve cada vez mais personalizada (57%) — destaque para as mulheres (61%) e Geração Z (65%);
- O ambiente virtual deve se aproximar cada vez mais do real (52%);
- As marcas devem ser mais conscientes no aspecto ambiental (52%);
- A experiência de compra deve ser mais inovadora e tecnológica (51%).
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