A geração alpha, nascida após os anos de 2010, no Brasil, está mais interessada em brinquedos e atividades educativas. Segundo estudo feito pela empresa Play, a pedido do Grupo Leonora, 8 em cada 10 pequeninos entrevistados dizem preferir brinquedos educativos, como peças Lego para montar, porque “dão liberdade para criar coisas”.
O levantamento reuniu 800 crianças e suas mães e destaca que as meninas (78%) preferem produzir seus próprios brinquedos com desenhos, pinturas e trabalhos manuais. Inclusive, dois canais no YouTube em torno do universo DIY (faça você mesmo, em português) são frequentemente assistidos pelos respondentes.
“Acreditamos na complementariedade dos mercados de papelaria e brinquedos, já que ambos têm o compromisso do desenvolvimento infantil. Constantemente, crianças estão aprendendo novas coisas, entendendo como é a vida em sociedade e desenvolvendo a própria personalidade e as habilidades”, afirma Edson Teixeira, diretor-executivo do Grupo Leonora.
Experiências divertidas também são um dos grandes atrativos para cerca de 79% das crianças, que buscam se entreter em tudo o que fazem, e 65% exigem diversão dos produtos e conteúdos que consomem atualmente. Portanto, estão mudando o conceito de apenas “consumir” para “consumir diversão através de conteúdo”.
Mercado infantil nacional
De acordo com levantamento do Sebrae, o mercado de produtos e serviços infantis movimenta, em média, R$ 50 bilhões por ano e vem apresentando um crescimento em torno de 14% anualmente.
Dados da Abrin mostram que, em comparação com o mercado europeu e americano, o Brasil ainda tem espaço para crescimento, porém, pouco capital disponível para o consumo. Na Europa, o setor atinge 40 brinquedos por criança; no mercado norte-americano, 32; e no Brasil, 11.
Ana Amélia, da Play Pesquisa, destaca que o estudo mostrou que a maior oportunidade para trabalhar itens educativos está entre os 3 e 6 anos, principalmente por ser uma fase de maior desejo pela categoria. “A partir disso, a criança inclui outros produtos na rotina, como games, e até mesmo esportes, ampliando o repertório e fragmentando os interesses. Afinal, é durante a infância que passamos pela maior fase de aprendizado”, conclui.
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