Nem parece, mas já deixamos para trás mais de 1/4 do ano e os resultados dos indicadores econômicos e do varejo mostram que as previsões para o ano estão alinhadas – pelo menos por enquanto – com os resultados do período.
Conforme previsto, os principais indicadores macroeconômicos que norteiam o varejo e o consumo apresentaram estabilidade ou melhoria (na verdade desaceleração da queda).
Confiança: depois de atingir o pior patamar em Abr/16, o índice de confiança do consumidor recuperou parte da sua perda principalmente devido à confiança futura, o consumidor acredita que o cenário econômico irá melhorar, mas ainda não sentiu essa melhoria no dia a dia.
Disponibilidade de Renda: assim como o previsto a inflação desacelerou e com grande probabilidade fechará o ano próxima ao centro da meta de 4,5%, excelente notícia uma vez que a capacidade de compras dos brasileiros é preservada com a baixa inflação.
Massa Salarial: com o arrefecimento da inflação e menor crescimento do desemprego, a massa salarial (estimativa da soma dos salários dos brasileiros por mês) deixou de cair e apresenta estabilidade.
Emprego: esse indicador é sempre o último a reagir uma vez que há capacidade produtiva ociosa na economia brasileira atualmente e os empresários precisam de sinais muito claros para retomar os investimentos. Assim como esperado, a tendência ainda é de alta para 1º trimestre, piora menor ou estabilização no 2º e 3º trimestres e início da retomada no 4º trimestres desse ano.
Os indicadores acima confirmam as tendências que esperávamos, um primeiro trimestre de desaceleração das pioras dos indicadores, seguido pela estabilização e leve melhoria nos 2º e 3º trimestres e uma aceleração da retomada no 4º trimestre.
Vale lembrar que essas são as expectativas com o cenário atual, mas que evidentemente estão sujeitas a choques positivos e negativos que mudariam tais perspectivas.