Com o crescente aumento de ameaças digitais, fica cada vez mais complexo oferecer uma experiência personalizada e ao mesmo tempo resiliente a falhas. Para que isso seja possível, uma das tendências em tecnologia é o desenvolvimento de um Sistema Imunológico Digital (DIS), do inglês “Digital Immune System”.
Esse conceito vem sendo buscado pelas empresas, pois estamos vivendo em uma época em que as ameaças digitais mudaram seu foco de ataque em massa para alvos direcionados. Em 2022, tivemos o bloqueio de 146 bilhões de ações de cibercriminosos, representando crescimento de 55% em relação ao ano anterior, segundo o relatório anual da Trend Micro. Atualmente o Brasil ocupa a quarta posição no ranking dos dez principais alvos do cibercrime, ficando atrás apenas dos EUA, Alemanha e Reino Unido, segundo relatório da SonicWall.
O Sistema Imunológico Digital vem se tornando parte essencial das estratégias de segurança cibernética adotadas pelas empresas brasileiras. Com a crescente conscientização sobre os riscos cibernéticos, as oportunidades de mercado para empresas de TI que oferecem soluções e serviços relacionados ao DIS são necessárias e promissoras, fazendo com que não tenhamos foco apenas em uma proteção eficaz, mas também consigamos contribuir para um ambiente empresarial seguro e resiliente.
Um dos principais benefícios ao implementar este tipo de sistema é trabalhar com a capacidade de proteger sua estrutura e serviços contra ataques através da implementação de estratégias avançadas de segurança, como monitoramento constante, análise de comportamento e inteligência artificial. Desta forma, seremos capazes de identificar e neutralizar ameaças antes que elas causem danos significativos ao mesmo tempo em que evitamos interrupções operacionais, perda de dados e prejuízos financeiros.
Por combinar práticas e tecnologias de observação, simulações com inteligência artificial, engenharia do caos e confiabilidade, conseguimos oferecer uma resposta mais rápida e eficaz aos incidentes de segurança digital. Atuando na criação de planos com respostas bem estabelecidas e sistemas de detecção em tempo real, podemos identificar rapidamente a origem do ataque, isolar a ameaça e mitigar os danos.
Trabalhar com a aceleração digital dos nossos clientes também está ligada diretamente à necessidade de oferecermos proteção contra as principais tendências adotadas pelos criminosos cibernéticos, com recursos preditivos e de monitoramento. Esta mudança de comportamento dos responsáveis pelos ataques faz com que sistemas convencionais de segurança fiquem defasados por conta de ameaças emergentes e ataques sofisticados.
Ao adotar um DIS, também estaremos implantando técnicas de inteligência artificial e aprendizado de máquina para analisar grandes volumes de dados em tempo real, identificando padrões e comportamentos suspeitos.
Mesmo com os desafios de implementação e investimento significativo em infraestrutura e tecnologias avançadas, o mais importante é buscarmos alternativas e soluções para fortalecer nossa postura contra os ataques digitais. Vamos criar, então, uma cultura com foco na capacitação de profissionais com conhecimentos avançados em segurança, ao mesmo tempo em que ajudamos indivíduos e organizações a lidarem com os desafios da segurança digital.
Apesar dos desafios e complexidades envolvidos, o uso do Sistema Imunológico Digital (DIS) pelas empresas vem se mostrando cada vez mais essencial para a adoção de uma abordagem que seja capaz de identificar os pontos fracos na infraestrutura de segurança, possibilitando uma correção proativa e protegendo os ativos e dados contra ameaças cibernéticas.
Renata von Anckën é VP de Marketing & Sales da Truppe!
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
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