As vendas de pneus tiveram queda de 3,4% no primeiro semestre, quando comparadas ao mesmo período do ano passado, refletindo o desempenho negativo no canal de reposição.
No total, 27,6 milhões de pneus foram vendidos de janeiro a junho, conforme balanço da Anip, a associação que representa o setor. As vendas para montadoras subiram 0,8%, somando 6,9 milhões de unidades, na esteira do aumento da produção de carros de passeio e utilitários leves no período. Porém, o recuo de 4,7% das vendas no mercado de reposição, onde o volume ficou em 20,7 milhões de unidades, fez a indústria de pneumáticos terminar a primeira metade do ano em terreno negativo.
Pesou no resultado a expressiva queda das vendas de pneus de caminhões. Neste caso, houve recuo nas entregas tanto para as montadoras, onde o volume caiu 18,1% – reflexo do tombo da produção da nova linha de caminhões, que custa até 30% a mais do que a anterior -, quanto para reposição, cuja queda foi de 14,1%. Na soma dos dois canais, a comercialização de pneus de carga encolheu 15%, para 3,3 milhões de unidades de janeiro a junho.
No segmento de carros de passeio, o de maior volume, as vendas de pneus recuaram 4,1%, somando 14,2 milhões no primeiro semestre. O resultado foi prejudicado pela queda de 6,9% no mercado de reposição. Nas entregas a montadoras de automóveis, a indústria de pneus registrou alta de 4,2% no primeiro semestre.
Ao comentar o balanço, o presidente executivo da Anip, Klaus Curt Müller, observou que a recuperação do setor tem sido difícil, principalmente no segmento de pneus de carga. Segundo o executivo, a economia instável, a taxa de juros elevada e a apreciação do real, que aumenta a competitividade dos produtos importados, afetam diretamente os resultados do setor. “Aguardamos, com cautela, uma recuperação no segundo semestre”, comentou Müller.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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