A atuação e o pensamento das startups estão ajudando a renovar mercados e, em determinadas situações, até desafiando modelos existentes. Agilidade para mudança, criação de novas abordagens para produtos e serviços já existentes e pensamento em escala são alguns dos benefícios dessa cultura organizacional.
Atento a isso, o 10º Fórum Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios realiza o painel Startup mindset – inovação, ousadia, conhecimento e agilidade: uma nova geração de negócios empreendedores.
O evento traz para discutir o tema Kadu Martins, CEO da Domino’s Brasil e Augusto Lins, CEO da Stone. Apesar de perfis distintos, a maior rede de pizzarias do mundo e o unicórnio brasileiro possuem em comum a capacidade de se desafiar e trazer inovações em seus mercados de atuação.
“Nesse painel quisemos trazer empresas que sejam reflexo das transformações de mindset das empresas e de uma nova geração de empreendedores”, explica Lyana Bittencourt, sócia-diretora do Grupo BITTENCOURT.
A Stone passou do zero a quase 11 bilhões de dólares em valor de mercado em apenas sete anos. Listada na Nasdaq. “Ela cresceu sendo uma opção competitiva para pequenos e médios empresários de olho num mercado tradicional e que oferecia poucas opções para seus clientes. Foi uma das responsáveis por fomentar a guerra das maquininhas que vemos hoje – agora todos querem uma fatia desse mercado. A Stone também escolheu o caminho do franchising para crescer, outro ponto de inovação nesse setor. Fomos os responsáveis por esse projeto e vai ser incrível ver a historia dessa gigante no palco do Fórum”, destaca Lyana.
A empresa anunciou recentemente parceria com o Grupo Globo para criação de um novo negócio, voltado a microempreendedores e autônomos. A iniciativa deve levar a fintech para além do serviço de máquinas de cartão de crédito.
O público atual da Stone são empreendedores com ponto físico, muitas vezes com mais de uma máquina de cartão no balcão. Para eles, além das soluções de pagamento, pode oferecer programas de gestão e de fidelidade. A nova empresa atuará junto aos autônomos. Esse público busca facilidade de crédito, uma conta digital e formalização do próprio negócio.
Já a Domino’s surgiu, em 1960, nos Estados Unidos, com um propósito de ser a pioneira em delivery de pizza. Com a transformação digital, a companhia passou de “uma empresa que vende pizza online” para “uma empresa de e-commerce que vende pizza”, segundo o próprio Kadu Martins, atual CEO da companhia no Brasil.
“Trouxemos o case de uma empresa de quase 60 anos que opera num setor tradicional e que apesar de aparentemente ser uma rede de pizzarias, acabou se tornando um gigante da tecnologia. Isso porque investe em experimentação do novo sem medo de errar. Desde carros autônomos para entregas até inteligência artificial para reconhecimento dos desejos do consumidor, ela se destaca não no mercado de alimentação, mas sim no de inovação e tecnologia. Nos últimos anos a empresa alcançou no mercado de ações percentuais de crescimento superiores aos de empresas como Apple, Google, Amazon e Facebook”, destaca Lyana Bittencourt.
Atualmente a empresa mantém investimentos na base tecnológica para acelerar a transformação digital. A rede está investindo na troca do sistema de PDV proprietário da Domino’s Internacional, o que irá possibilitar uma melhor integração e maior velocidade no lançamento de novas tecnologias da marca no Brasil.
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