A JBS encerrou o quarto trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 4,019 bilhões, ou R$ 1,53 por ação, 65% maior do que o lucro de R$ 2,435 bilhões verificado em igual período de 2019.
A receita líquida ficou em R$ 76,059 bilhões, aumento anual de 33,1%. Já o Ebtida ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 7,034 bilhões, alta de 24,1% ante o quarto trimestre do ano passado, com margem de 9,2%.
A dívida líquida da companhia somou R$ 46,227 bilhões, 7,5% superior ao reportado em igual trimestre de 2019, de R$ 42,994 bilhões, em virtude da desvalorização do real frente ao dólar.
Em dólares, a dívida líquida diminuiu de US$ 10,666 bilhões para US$ 8,895 bilhões. Já a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 1,56 vez em reais e 1,58 vez em dólares no quarto trimestre, contra 2,16 vezes e 2,13 vezes, respectivamente.
Em comunicado, a JBS informou também ter gerado R$ 6,8 bilhões em caixa nas atividades operacionais, crescimento de 34,5% na comparação com o quarto trimestre de 2019. O fluxo de caixa livre, por sua vez, foi de R$ 3,8 bilhões, 18,6% maior na mesma base comparativa.
Unidade de negócio
Por unidade de negócio, o maior crescimento no Ebitda ajustado foi da Pilgrim’s Pride, com alta de 53,5%, seguido pela Seara, com avanço de 50,8%, e pela JBS Brasil, que teve aumento de 41,2%. O
Ebtida ajustado da JBS USA Beef teve crescimento de 6,6%, enquanto o da JBS USA Pork caiu 4,7% no período.
A marca brasileira Seara teve receita líquida 31,8% maior no trimestre ante igual período do ano anterior, para R$ 7,541 bilhões. A companhia atribui o resultado a um aumento de 5,6% no volume vendido e de 24,9% no preço médio de venda. As vendas no mercado interno, que responderam por 54% da receita da unidade, totalizaram R$ 4,1 bilhões, aumento de 33,2% ante igual período de 2019.
A JBS Brasil registrou de outubro a dezembro uma receita 39,9% maior na comparação anual, de R$ 13,396 bilhões, fruto de um crescimento de 38,8% no preço médio, com volumes praticamente estáveis, mesmo com a queda de 5,6% no número de animais processados no período, segundo a empresa. Nesse segmento, o mercado doméstico teve alta de 46,3% na receita líquida, que chegou a R$ 7,6 bilhões.
Segundo a empresa, as vendas de carne bovina in natura, que corresponderam a 84% das vendas do negócio no mercado externo, tiveram crescimento tanto em volume quanto em preços, com destaque para China e Hong Kong, cuja receita de vendas cresceu cerca de 60% no período.
Com informações de Estadão Conteúdo
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