O mercado halal movimenta entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões por ano no Brasil, sobretudo com a exportação de proteína animal, disse o embaixador Osmar Chohfi, presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, durante o Global Halal Brazil Business Forum, realizado ontem em São Paulo. Além disso, cerca de 30% das exportações de proteínas animais com certificação halal do Brasil destinam-se aos países muçulmanos.
No mundo, os muçulmanos somam perto de 2 bilhões – um quarto da população do planeta – e movimentam, só no segmento de alimentos, US$ 1,2 trilhão por ano no mundo, complementou Chohfi, em nota divulgada hoje pela Câmara Árabe-Brasileira. “Até 2050, acredita-se que perfaçam 30% dos habitantes da Terra, devendo demandar muito mais alimentos, medicamentos, cosméticos, entre vários outros produtos”, complementou.
Em 2022, o Brasil exportou US$ 23,41 bilhões em alimentos e bebidas para os 57 países de maioria muçulmana da Organização da Conferência Islâmica. Esses embarques fizeram do País o maior fornecedor de gêneros alimentícios ao mundo muçulmano e representaram um desempenho 41% superior em relação ao ano anterior.
O que é alimento halal
O alimento permitido no Islã é denominado halal, que em árabe significa lícito, autorizado. Para que uma comida seja considerada halal é necessário que siga determinadas regras de fabricação. No caso de carnes, as normas dizem respeito à forma de abate. Os islâmicos só comem frango ou carne bovina se o animal tiver sido degolado com o corpo voltado à cidade sagrada de Meca, ainda vivo e pelas mãos de um muçulmano praticante.
Com informações de Estadão Conteúdo
Imagem: Shutterstock