Especializada em soluções tecnológicas voltadas a serviços financeiros, a Fiserv atua em diversos países, realizando mais de 12 mil transações financeiras por segundo. Só no Brasil são mais de 8,5 bilhões de transações por ano, informa Roberto Moron, vice-presidente de Inovação da empresa na América Latina. “Estamos presentes em diversos mercados e atuamos de maneira estratégica, de acordo com o perfil dos consumidores.”
Também conhecida pelas suas pesquisas e análises de mercado, a Fiserv tem entre os destaques de seu portfólio as soluções destinadas ao mercado de maquininhas de pagamento, segmento chamado de adquirência & soluções para o varejo.
Neste nicho, a empresa cresceu 36% somente no terceiro trimestre de 2021, contra 6% no segmento de soluções bancárias e 8% no de soluções para instituições financeiras.
“Já ajudamos mais de 10 mil instituições financeiras em todo o mundo a criar e entregar experiências para um universo digital que está sempre em movimento”, prossegue Moron, citando a recente parceria com a Caixa Cartões, subsidiária de meios de pagamentos do banco, no mercado de maquininhas.
“A parceria foi concluída em abril deste ano. A partir dela, a Fiserv atua como parceira estratégica da holding no mercado de transações por adquirência”, explica o executivo, lembrando que o acordo prevê a oferta com exclusividade, por 20 anos, de soluções de adquirência aos clientes Caixa.
Soluções financeiras
Sobre as estratégias usadas pela empresa para adaptar seu portfólio de soluções financeiras e de pagamentos para a ominicanalidade, Moron lembra que recentemente a Fiserv lançou no Brasil a plataforma omnichannel Carat, cuja finalidade é integrar os diferentes canais, a fim de oferecer uma experiência de compra “mais fluída e completa” para os consumidores.
“Eles não vão perceber a diferença entre o on e offline. O consumidor consegue, por exemplo, buscar produtos em um site ou aplicativo, comprar online e retirar na loja. Ou o contrário, comprar em loja física, acompanhar os detalhes do pedido online e receber o produto em casa”, detalha.
A gestão do negócio, continua, também é beneficiada pela integração proporcionada pelo Carat, uma vez que o armazenamento dos dados em um só local facilita a administração e planejamento estratégico dos negócios.
“O Carat é nosso novo ecossistema de soluções de comércio omnichannel. Ele é destinado a qualquer segmento de empresa que faça transação de médio e grande porte. Para empresas menores e middle market, temos outras ofertas e linhas de negócios”, diferencia.
Dentre as tecnologias de adquirência para negócios menores, Moron destaca a Bin, que conta com maquininhas para lojas físicas e delivery, além de soluções para e-commerce e link de pagamento para compras via redes sociais.
Integração de vendas
“Atualmente, o consumidor possui uma infinidade de canais para a realização de uma compra. Por isso, é importante oferecer uma variedade de métodos de pagamento ágeis e confiáveis, proporcionando uma experiência de compra mais conveniente”, analisa o executivo, informando que em 2020 os brasileiros realizaram 23,3 bilhões de transações com cartões de débito, crédito e pré-pagos, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
Além da máquina de cartão, o especialista sublinha a importância para os varejistas de um sistema de integração de vendas, principalmente em estabelecimentos com alto volume de transações, como supermercados, drogarias, padarias, postos de combustíveis e lojas de departamentos.
Sobre tendências e perspectivas para 2022, o vice-presidente da Fiserv afirma que a pandemia intensificou o uso de transações digitais de pagamento entre os brasileiros.
“Recentemente lançamos a pesquisa ‘Experiência Brasileira Com Serviços Financeiros’, que mostrou as tendências de consumo e meios de pagamento. Uma delas é o aumento no uso do Pix, que está entre os meios de pagamento favoritos do brasileiro”, diz Moron, acrescentando que, na mesma pesquisa, apenas 8% dos respondentes preferem as cédulas para efetuar o pagamento.
Com a superação do isolamento social, ele acredita que o crescimento do e-commerce seguirá forte. “Mas o comércio físico também continuará como grande parte da cultura dos brasileiros. Por isso, é necessário que varejistas estejam preparados para atuar nesse novo cenário.”
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