Não conseguir vender para quem quer comprar. Esse, sem dúvida, é um dos fatores que tiram o sono de um líder do setor de varejo, principalmente em períodos estratégicos do ano. Às vésperas da Black Friday, revisar e reforçar a infraestrutura de TI pode fazer a diferença. Para se ter uma ideia, no ano passado, durante cinco dias de Black Friday, as vendas online somaram R$ 5,1 bilhões, o que representou uma alta de 31%, na comparação com 2019, de acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico.
Com a mudança de perfil do consumidor por conta da pandemia, é no ambiente digital que muitas negociações vão acontecer na Black Friday. Além disso, é pela internet que muitos consumidores também consultam preços e pesquisam mais informações dos produtos e serviços que desejam adquirir.
Ou seja, uma infraestrutura de TI inadequada pode colocar o seu negócio em risco por diversos motivos. Ela pode, por exemplo, ser a responsável pelo abandono de uma compra quando o cliente se deparar com problemas de instabilidade ou de carregamento na plataforma ou quando encontrar uma jornada de compras com muitas etapas ou excessivamente burocratizadas.
“Nesse cenário, a minha aposta é que sairá na frente o varejo que, além de ofertas realmente atrativas, ofereça a melhor experiência, mais fluida, customizada e segura para o cliente. Lembre-se de que, no ambiente da internet, o seu concorrente não é mais o varejo da esquina. Ele pode estar em qualquer lugar do Brasil ou do mundo”, afirma Jane Greco, diretora na MPE Soluções.
Confira os cinco itens que devem estar no radar para tornar sua infraestrutura mais preparada para picos que devem ocorrer na Black Friday:
Escalabilidade da infraestrutura
Verifique com antecedência se a sua infraestrutura está preparada para suportar esses altos picos de acesso ao site, ao banco de dados ou à plataformas de venda, de forma que não gere lentidão ou erro no carregamento das páginas e, consequentemente, queda de produtividade dos usuários, estresse dos clientes ou abandono de compras. Ainda há tempo para ajustar isso e aproveitar os últimos grandes momentos de vendas de 2021.
Filas de espera
Para evitar a queda do site por excesso de acessos, muitas marcas optam pelo sistema de fila de espera virtual. Na prática, um programa limita o número de visitantes simultâneos a um ambiente, coloca os usuários excedentes para aguardar a sua vez de entrar e vai liberando-os, pouco a pouco, conforme novas vagas vão surgindo. Pode não ser a melhor opção, mas é uma forma de minimizar perdas.
Gestão de tráfego
Principalmente em períodos estratégicos para o varejo, é útil manter, minuto a minuto, a gestão do tráfego no site, no banco de dados e nas plataformas de vendas. O objetivo é corrigir alguma ação inadequada, indevida ou suspeita e, ainda, ter maior rapidez de reação diante de um incidente. Esse tipo de gestão pode ser terceirizada com empresas especializadas de modo a manter o foco de sua equipe de TI no core business da empresa.
Plano de tratamento de incidentes
Para garantir a continuidade do negócio no ambiente digital, é fundamental que a marca tenha um plano de tratamento de incidentes. A ideia é que, esse documento contenha as principais ameaças ao ambiente e as ações preventivas e corretivas para cada uma delas. Nessa etapa, considere políticas de privacidade, além de exigências de normas importantes, como as impostas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Estabilidade do provedor
Reveja e, se necessário, adeque o seu acordo com o provedor, prevendo picos de acesso aos seus ambientes digitais. É importante que, neste acordo, estejam previstos itens como estabilidade e capacidade de suportar picos de acesso e como o ambiente será reestabelecido em caso de queda da página.
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