Treze entidades do setor de biocombustíveis da Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai e Uruguai assinaram nesta quinta-feira, 27, um Manifesto em Defesa dos Biocombustíveis. O documento solicita que os países definam marcos regulatórios que garantam o avanço dos investimentos em pesquisas científicas e tecnológicas para cumprir os compromissos assumidos para a descarbonização no Acordo de Paris. “A América do Sul tem recursos fundamentais para ser líder mundial na produção de energia limpa e renovável, contribuindo para reduzir a dependência da energia fóssil para movimentar a economia. No entanto, esse atributo está longe de ser explorado em seu imenso potencial”, destaca o Manifesto.
As associações destacam a importância do comprometimento de governos, empresas e da comunidade com essa agenda para impulsionar a transição energética. “O custo da inação será muito maior do que a agenda de sustentabilidade mais ambiciosa que podemos imaginar”, diz o documento.
Ao final da carta, as entidades defendem a criação de “marcos regulatórios estáveis e regras claras” para garantir a segurança jurídica do setor e a criação de um plano regional de transição energética, “em termos de financiamento e alinhamento político”. “Defendemos que a América Latina se torne até 2050 uma região com a matriz de combustíveis plenamente limpa, renovável e sustentável por meio de compromissos firmes, graduais e inexoráveis”, diz o manifesto.
Entre as entidades signatárias brasileiras estão a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), União Nacional do Etanol de Milho (Unem) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). Assinam também a Cámara de Biocombustibles de Argentina (Carbio), Alcoholes del Uruguay (ALUR), Cámara de la Industria Aceitera Argentina (Ciara), Cámara Bioetanol de Maiz, Cámara Paraguaya de Biocombustibles y Energías Renovables (Biocap), Cámara Panamericana de Biocombustibles Avanzados (Capba), Centro Azucarero Argentino (CAA), Federación Nacional de Biocombustibles de Colombia (FedeBiocombustibles) e International Air Transport Association (IATA).
Com informações de Estadão Conteúdo: (Gabriela Brumatti)
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