Em novembro, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou 82,6 pontos, o maior patamar desde maio de 2015. Em relação a outubro, o crescimento foi de 2,8%, e no contraponto anual, de 11,7%.
O ICF é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.
Dos sete itens analisados, seis apresentaram crescimento em relação a outubro. Destaque positivo para o item Perspectiva de Consumo, que passou de 81,5 para 86,6 pontos, alta mensal de 6,3% e elevação de 25,8% em relação a novembro do ano passado.
Apesar de ainda estar na área de insatisfação, esse é o maior patamar, para o item, desde março de 2015 – em um ano, aumentou de 20% para 28% os entrevistados que disseram que o consumo de suas famílias e da população em geral tende a aumentar em relação ao ano passado.
O item Nível de Consumo atual passou dos 52,2 pontos para 53,1 pontos em novembro, alta de 1,8% no comparativo mensal, e na base de comparação anual houve acréscimo de 25,8%. A proporção de entrevistados que dizem estar consumindo menos do que há um ano caiu de 65%, em 2016, para 58%.
Sobre Perspectiva Profissional, que subiu 4,4% (com 106,1 pontos), na comparação anual, foi o único que sofreu queda, de 1,8%. De qualquer forma, a maioria dos paulistanos acredita que pode haver uma melhoria profissional para o responsável do domicílio nos próximos seis meses.
O item Emprego Atual teve leve queda mensal (-0,6%), mas subiu 3,9% no contraponto anual chegando aos 102,5 pontos.
O baixo nível da inflação, o resgate dos recursos do PIS/Pasep e mais expectativa de recebimento do décimo terceiro salário, proporcionaram um aumento no item Renda Atual atingiu, em novembro, 92,5 pontos, com elevações mensal de 3% e anual de 12,3%, segundo análise da entidade.
O Acesso ao Crédito registrou, em novembro, alta de 2,3% e atingiu os exatos 80 pontos. São 27% dos entrevistados que disseram estar mais fácil contrair financiamento para compras a prazo, sendo que há um ano estava em 21%, impulsionado pela queda da taxa de juros que contribuiu para o barateamento do crédito ao consumidor. Como as condições econômicas das famílias estão melhorando, o sistema financeiro volta gradualmente a expandir a oferta de crédito de forma a reduzir a seletividade.
Por fim, o item Momento para Duráveis cresceu 2,6% em relação a outubro e 17,4% na comparação anual, o índice bateu nos 57 pontos. O nível ainda é muito baixo, mas passou de 74% para 68% os entrevistados que disseram ser um mau momento para compra de bens duráveis.
Na análise por Faixa de Renda, houve crescimento para ambos os grupos. O índice para as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos cresceu 2,3%, na comparação mensal, e 9,3%, na anual, chegando aos 80,3 pontos. O índice de Intenção de Consumo das famílias com renda superior a essa faixa, porém, passou de 85,5 pontos em outubro para 89,2 pontos nesta última tomada, alta mensal de 4,3% e anual de 18,7%.
Para a entidade, os resultados revelam a consolidação no novo ciclo de consumo, além disso, prevê que, com a entrada dos recursos do décimo terceiro salário e demais fatores mencionados, o consumo terá um estímulo a mais, para concretizar a expectativa para o crescimento das vendas no varejo paulistano, no mês de dezembro, de 6% superiores à de 2016.
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias é apurado mensalmente, desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo.