O iFood anunciou um reajuste nas taxas mínimas pagas aos seus entregadores. Agora, para entregadores de bicicleta, o aumento é de 7,7%, passando de R$ 6,50 para R$ 7,00. Já para os trabalhadores que utilizam moto ou carro, o reajuste foi de 15,4%, com a taxa subindo de R$ 6,50 para R$ 7,50. A revisão feita pela foodtech levou em consideração fatores como custos de manutenção e combustível.
Os reajustes ficaram acima da inflação acumulada em 2024, que foi de 4,8%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Os novos valores entram em vigor a partir de 1º de junho.
“Estamos sempre ouvindo nossos entregadores e buscando entender suas necessidades para oferecer soluções reais que impactem positivamente seu trabalho. Este novo pacote é resultado direto desse diálogo, com o objetivo de aumentar seus ganhos e garantir que sua experiência na plataforma seja cada vez melhor”, explica Johnny Borges, diretor de Impacto Social do iFood.
Desde 2021, quando a taxa mínima por rota era de R$ 5,31, os reajustes acumulados também superam a inflação do período. Com o novo aumento previsto para 2025, os entregadores que utilizam moto, por exemplo, terão um reajuste total de 41,2%, valor 1,4 vez superior à inflação medida pelo INPC (29,3% entre jan/21 e mar/25). No caso dos ciclistas, o crescimento acumulado será de 31,8%, superando a inflação em 2,5 pontos percentuais.
Além da taxa mínima, os entregadores recebem valores adicionais por cada entrega extra realizada na mesma rota ou por quilômetro rodado.
Ampliação do seguro pessoal
O iFood também ampliou a cobertura do seguro pessoal oferecido gratuitamente a todos os entregadores ativos na plataforma, sem necessidade de inscrição ou pagamento adicional. Disponível desde 2019, a assistência passa a ser ainda mais completa.
A cobertura diária por Incapacidade Temporária (DIT) foi ampliada de 7 para 30 dias. Além disso, o valor da indenização em casos de morte ou invalidez total foi elevado para R$ 120 mil.
O plano inclui ainda reembolso ou cobertura integral de despesas médicas e hospitalares em rede credenciada, além de auxílio-funeral, apoio emocional e financeiro às famílias e ajuda com a educação dos filhos até os 18 anos, em caso de falecimento do entregador.
As entregadoras mulheres contam com coberturas adicionais, incluindo auxílio em caso de diagnóstico de câncer de mama ou de útero, apoio durante a gestação, licença para cuidar de filhos com problemas de saúde e um valor anual destinado ao bem-estar e autocuidado.
Greve no final de março
No dia 31 de março, entregadores de aplicativos de 59 cidades brasileiras entraram em greve. O movimento tinha como objetivo pressionar as principais plataformas de delivery, como iFood e Uber Flash, a oferecerem melhores condições de trabalho e remuneração.
Nas redes sociais, vídeos mostram os profissionais fazendo protestos em algumas capitais: Recife, Natal, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre.
Em Brasília, a concentração acontece na Torre de TV, que fica na região central. Pelos menos 200 motociclistas são esperados pelo movimento, puxado pelo Sindimoto-DF, Instituto Duas Rodas e pela Amae, Associação dos Motofretistas e Entregadores de Aplicativos.
Os profissionais querem taxa mínima de R$ 10 por entrega, atualmente esse valor é de R$ 6,50; pagamento de R$ 2,50 por quilômetro rodado na entrega; e o pagamento integral de cada entrega, mesmo que exista mais de um pedido no mesmo trajeto. Além disso, especificamente para as entregas de bicicleta, eles pedem um limite de três quilômetros.
99Food traz mais competitividade para o setor de delivery
A 99Food abre oficialmente nesta terça-feira, 29, o cadastro para restaurantes de todo o Brasil que querem integrar a plataforma de delivery de comida. Os restaurantes não vão precisar pagar comissão nem mensalidade por 24 meses. Quando o serviço for lançado, os estabelecimentos terão acesso imediato aos mais de 55 milhões de usuários da 99.
“Restaurantes não precisam mais ceder um terço do que ganham só para cobrir custos”, diz Bruno Rossini, diretor sênior da 99. “Isso é uma revolução. Estamos devolvendo o controle do mercado para quem cozinha e quem entrega. Em um pedido médio, os restaurantes podem ganhar cerca de 20% a mais do que hoje — um salto real que transforma o delivery em fonte de lucro, e ainda garante aos consumidores as opções mais acessíveis de comida do mercado.”
Com informações de Agência Brasil.
Imagem: Shutterstock