O grande trunfo para o sucesso da ruptura de um negócio nos moldes convencionais migrar para o digital está na capacitação das equipes.
Tecnologias e processos fazem parte, mas a capacitação é que vai promover a tempestade necessária para que depois o sol volte a brilhar.
Quando falamos em capacitação, estamos falando em investir no nosso principal agente de mudança, que são as pessoas. Como já falamos em outros episódios, tudo começa pelas pessoas, tem andamento com as pessoas e chega à sua conclusão pelas mãos das pessoas.
As pessoas são as nossas maiores aliadas se soubermos trazê-las para dentro do processo para que sejam parte dele – ou elas podem ser o nosso maior obstáculo. Como a transformação digital não é facultativa, e sim mandatória para a sobrevivência dos negócios, precisamos começar o nosso fluxo colocando os nossos agentes na largada dessa corrida.
Cada casinha que vamos avançar nesse tabuleiro terá que vir acompanhada de:
- Capacitação para levar o conhecimento necessário para que as pessoas se apropriem dele e não o temam;
- Capacidade para sair da zona de conforto e se abrir para a mudança vislumbrando um novo horizonte;
- Crença de que a mudança é crucial e vai trazer benefícios;
- Renovação da capacidade produtiva, imprimindo no time uma vontade de aprender novas habilidades;
- Colaboradores engajados que vestem a camisa acima de tudo e que estão abertos para aprender, se renovar e crescer junto com a nova empresa que está em processo de mudança para sobreviver e prosperar.
Vamos nos aprofundar na capacitação, que é a primeira casinha do nosso jogo que precisamos avançar. Qualquer tipo de capacitação serve? Qual a melhor metodologia para sermos assertivos?
A capacitação precisa ser permanente. As empresas precisam estabelecer trilhas que estejam em constante evolução, pois o mercado está em constante alteração e precisamos manter os times atualizados.
Ela pode ser dar por meio de universidades corporativas online que facilitam o acesso ao conteúdo em um ambiente totalmente online. Para que os conteúdos sejam atrativos e prendam a atenção dos times, precisamos criar conteúdos inteligentes, que preconizem a interação por meio de muitos recursos de que dispomos atualmente. Quanto mais o nosso agente estiver envolvido e engajado nos seus treinamentos, mais teremos acertos do que erros. Mais do que isso: teremos um agente seguro que conhece o conteúdo e sabe qual caminho seguir.
Nesse artigo teremos uma convidada muito especial, a Tereza Mit, diretora do Studio Benkyou, que há muitos anos dedica-se ao desenvolvimento de conteúdo inteligente com o objetivo de que ele seja atrativo e que cumpra o seu papel de ensinar. A Tereza Mit vai nos presentear nos contando um pouco da sua experiência com educação corporativa.
“Quando comecei a construir conteúdos eles já eram inteligentes, porém não tinham a inteligência em se fazerem assimilar de maneira eficiente e rápida. Com o advento da transformação digital e dos cursos online, sem a presença de um instrutor ou professor, eu precisava colocar esta inteligência nos conteúdos para que eles pudessem conversar com os alunos e ensinar com eficácia.
No início não foi muito fácil, pois precisava convencer os clientes de que conteúdos em slides, apenas com animações do aplicativo PowerPoint, não alcançariam os objetivos pretendidos de aprendizagem e interesse dos alunos. Com a aprovação dos clientes e em parceria com a pedagoga Ana Lúcia Darú, começamos a construir nossos primeiros conteúdos que ensinam por meio de interações, indagações, leituras curtas e muitas ferramentas atrativas.
Com os ótimos resultados obtidos, os conteúdos foram ficando cada vez complexos e interessantes. Então, começamos a trabalhar com a gamificação. Atualmente, a maioria de nossos clientes já nos solicita conteúdos inteligentes, interativos e gamificados e nosso maior desafio se transformou em encantar. Por isso, além dos conteúdos, criamos histórias, mundos inimagináveis, metaversos, formas e formatos de jogos com interações que comunicam, ensinam e integram as pessoas.”
Tereza Mit, diretora do Studio Benkyou
Como podemos ajudar os nossos agentes a sair da zona de conforto, a não ter medo de mudar, a querer colocar a sua criatividade para contribuir com a jornada e a querer crescer e ganhar novas habilidades?
Precisamos estruturar dentro da empresa um ambiente fértil para plantar essas sementes. Estamos falando de criar redes internas colaborativas, nas quais exista liberdade de expressão, em que as pessoas possam trazer as suas ideias para colaborar nos processos e essas sejam ouvidas com respeito. Além desses espaços, precisamos disponibilizar ferramentas que serão facilitadoras, como chats, fóruns online, blogs corporativos, ou seja, espaços em que as pessoas possam postar, comentar e cocriar.
E tem algo mais completo para criar esse ambiente favorável do que a criação de um game? Isso mesmo! Inclua jogos corporativos na sua empresa e você vai se impressionar com as soluções e ideias inovadoras que o seu time vai lhe dar!
O seu time tem a chave desse enigma! Conte com os seus agentes para essa missão e ela será um sucesso!
Boa leitura e até o próximo episódio!
Nota: Confira os demais episódios desta série clicando na página da autora.
Patricia B. Bordignon Rodrigues é Diretora de Marketing e Canais Benkyou
Imagem: Envato