Apesar do recuo de 2% no fluxo de visitação em lojas físicas em dezembro, em relação a 2022, o faturamento cresceu 10%, segundo dados do IPV (Índices de Performance do Varejo), organizada pelo venture capital HiPartners Capital & Work, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).
“Ainda que a pesquisa evidencie retração no fluxo de consumidores, o mês de dezembro registrou crescimento nas vendas devido ao aumento da conversão e do ticket médio”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC.
Em 2023, a semana encerrada na véspera de Natal registrou um aumento de 36% em relação ao domingo anterior. Se comparado com o mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 3%.
Nas lojas de shoppings, houve um recuo de 1%, enquanto nas de rua, a queda foi de 3%, na mesma base de apuração. Na perspectiva do acumulado do ano, 2023 apresentou crescimento em relação a 2022, com destaque para o fluxo de visitas a shopping centers, que teve um aumento de 9% no período.
Aumento nas vendas
Pela perspectiva do faturamento médio nominal, houve uma expansão de 13% para as lojas de rua, enquanto as lojas localizadas em shoppings apresentaram uma contração de 1%.
Esse movimento também se refletiu em uma variação no ticket médio nominal, com um aumento geral de 9%. As lojas de rua registraram um crescimento de 10%, enquanto as lojas de shoppings tiveram um aumento mais modesto, de 5%.
Quanto à quantidade de boletos, observou-se um aumento de 1% para as lojas físicas em comparação com o mesmo mês de 2022. Para os estabelecimentos de rua, a alta foi de 3%, enquanto os lojistas de shoppings registraram uma retração de 6%.
Fluxo entre setores
Os segmentos de itens farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos apresentaram um aumento de 21% em comparação com o mesmo período de 2022. Enquanto isso, o setor de móveis e eletrodomésticos mostrou uma queda de 6%, passando a apresentar uma contração acumulada no ano de 3%.
“Com os resultados de dezembro, seguimos observando o uso de estratégias que evidenciam a sinergia entre as tecnologias e o varejo, pois o índice mostra que, mesmo com a baixa do fluxo nos estabelecimentos físicos, a taxa de conversão se mantém em alta, assim como o volume financeiro”, destaca Flávia Pini, sócia da HiPartners.
No volume de cupons, o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos também se destacou, com um crescimento de 11%. Em termos de faturamento, houve um aumento de 18% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Todos os demais setores registraram retração em vendas e faturamento, sendo móveis e eletrodomésticos os mais afetados em ambos, com -11% e -24%, respectivamente.
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