AliExpress aposta na ampliação de vendedores locais para alavancar Black Friday e Single’s Day

Empresa planeja ter CD próprio no País, um dos cinco maiores mercados da gigante chinesa

O AliExpress Brasil aposta no aumento da quantidade de vendedores locais para alavancar as vendas da Black Friday e do Single’s Day (11.11) no País. Briza Rocha Bueno, diretora do AliExpress Brasil, afirma à Mercado&Consumo que a empresa “ampliou fortemente” o número de vendedores locais de um ano para cá e que hoje grande parte das vendas já é feita deles para compradores brasileiros. A gigante chinesa tem no Brasil um dos seis cinco maiores mercados do mundo, e até por isso tem planos de ter um Centro de Distribuição próprio por aqui.

Esses temas foram debatidos em entrevista concedida por Briza Rocha Bueno, diretora do AliExpress Brasil, à Mercado&Consumo. Briza será uma das painelistas do Latam Retail Show, maior evento B2B de varejo e consumo no Brasil, que será realizado em setembro. A Mercado&Consumo é parceira de mídia e fará uma cobertura especial do evento.

Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista.

Mercado&Consumo: Quais as expectativas do AliExpress para a Black Friday deste ano?  A empresa também vai promover seu tradicional Single’s Day no Brasil. O que podemos esperar desta data? 

Briza Rocha Bueno: Datas promocionais são sempre períodos muitos especiais para o consumidor do AliExpress, pois ele sabe que, em nossa plataforma, os produtos únicos que temos, os itens de marcas famosas, são efetivamente oferecidos em condições excepcionais em todos os 200 países que atuamos, e o Brasil como um dos nossos top 5 países em participação, é ainda mais relevante. É por isso que em março deste ano, por exemplo, realizamos uma ação para celebrar os 12 anos de nossa atuação no Brasil, fizemos a Farofa do Ali com a Gkay, aproximando o AliExpress do contexto brasileiro e o resultado foi um crescimento, em vendas, de 190%, em relação à data no ano anterior. No último 11.11, os números foram igualmente impressionantes. Os vendedores brasileiros anotaram uma alta em suas vendas de 600% no período e houve um acréscimo de 74% de novos usuários durante o período de compras.

Para este ano, a expectativa é de que tanto a Black Friday, que já é uma data consolidada no Brasil, quando o festival 11.11 apresentem desempenho ainda mais vigoroso, uma vez que o AliExpress ampliou fortemente o número de vendedores locais de um ano para cá e aperfeiçoou a experiência de compra de itens internacionais. No mesmo período, a economia do Brasil tornou-se mais digital, com a inclusão de novos consumidores no cenário das compras online e há também um ensaio de recuperação econômica, fatores que devem contribuir para o crescimento do varejo online no país.

Nossa expectativa maior, naturalmente, é em torno do festival 11.11, pois esta data, criada pelo grupo Alibaba, vem se popularizando rapidamente no Brasil e no mundo. Note, por exemplo, que no último ano, o 11.11 movimentou US$ 84,5 bilhões em vendas. Já a Black Friday, no Estados Unidos, segundo dados da Adobe, movimentou US$ 9 bilhões. Ou seja, o festival 11.11 é ao menos 9 vezes maior, em termos de vendas, que a Black Friday.

Mercado&Consumo: O AliExpress tem planos de aumentar a quantidade de voos semanais usados para trazer produtos para o Brasil? E de ter um CD próprio?

Briza Rocha Bueno: Atualmente, operamos 8 voos fretados semanais conectando o Brasil aos principais fabricantes e distribuidores de produtos no mundo, o que nos permite entregar, em solo nacional, pedidos feitos no exterior em até 7 dias. É o menor prazo do mercado. Naturalmente, a frequência dos voos pode ser aumentada no futuro, claro, acompanhando o incremento nas vendas de itens internacionais.

Neste momento, grande parte de nossas vendas já ocorre de vendedores nacionais para compradores brasileiros, o que nós chamamos de comércio local e exige outros investimentos, além dos voos internacionais. Recentemente, por exemplo, estreamos uma solução logística chamada de “Tarifa Única”, que permite aos vendedores brasileiros, em nossa plataforma, pagarem sempre uma mesma tarifa de frete, para enviar um produto para qualquer parte do Brasil, exceto a região Norte, para a qual trabalhamos em novas soluções logísticas. A “Tarifa Única” já fez aumentar o número de itens com frete grátis e diminuiu o tempo de entrega no comércio local.

Neste contexto, sim, temos planos de ter um Centro de Distribuição próprio, justamente para apoiar o forte crescimento dos nossos vendedores brasileiros na plataforma.

Mercado&Consumo: Grande variedade, frete baixo, rapidez na entrega – essas são expectativas básicas do consumidor de e-commerce hoje, não só aqui no Brasil. São tendências que viraram “regra” especialmente nos últimos dois anos e meio. O que mais podemos citar como tendências para os próximos anos?

Briza Rocha Bueno: Atualmente, no Brasil, cerca de 10% de todas as vendas que acontecem no varejo ocorrem em canais online. Na China, por exemplo, este percentual deve fechar o ano na casa dos 52% e, mesmo em outros países, como Estados Unidos ou Reino Unido, este percentual está em cerca de 20%, ou seja, o dobro do Brasil.

Então, parece razoável prever que o e-commerce brasileiro deve crescer bastante ao longo dos próximos anos e adicionar várias camadas de inovação que já são testadas em outros mercados. Uma tendência em popularização no país é o live commerce, que já ocorre diariamente no AliExpress e, na China, sozinho, é responsável por mais de 20% das vendas online. Outra tendência é o social commerce, que é o compartilhamento de ofertas entre os usuários, que ajudam a promover produtos e ganham descontos com isso. Nós introduzimos esta inovação no Brasil, com a ferramenta Pechincha.

De um modo geral, podemos dizer que as tendências apontam para a melhoria na experiência de compra final do usuário, o que inclui a integração de canais online e canais offline, a customização de produtos, a oferta de meios simples de pagamento. Aqui no Brasil, por exemplo, fomos o primeiro marketplace internacional a introduzir o pagamento por Pix e este método já se tornou o segundo meio mais usado pelos consumidores em nossa plataforma, o que demonstra como o usuário brasileiro é aderente a inovações.

Imagem: Divulgação

Aiana Freitas

Aiana Freitas

Aiana Freitas é editora-chefe da plataforma Mercado&Consumo. Jornalista com experiência na cobertura de tendências de consumo, varejo, negócios, finanças pessoais e direitos do consumidor.

Relacionados Posts

Próxima Postagem

REDES SOCIAIS

NOTÍCIAS

Bem vindo de volta!

Entre na sua conta abaixo

Recupere sua senha

Digite seu nome de usuário ou endereço de e-mail para redefinir sua senha.

Add New Playlist