A Justiça Federal no Distrito Federal recebeu denúncia contra o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães, acusado por uma série de funcionárias do banco por assédio sexual e moral. Acusado pelo Ministério Público Federal (MPF), o ex-presidente da Caixa vai ser processado criminalmente na Justiça Federal em Brasília como suposto abuso de um grupo de mulheres. Em nota, o advogado que representa Guimarães “nega taxativamente a prática de qualquer crime e tem certeza que durante a instrução a verdade virá à tona, com a sua absolvição”.
Após vir à tona o escândalo de assédio que derrubou o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães, o desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), em Brasília, determinou que o banco cumpra uma série de medidas para combater assédio moral e sexual e a discriminação na instituição.
Em decisão liminar, o magistrado proibiu a Caixa da prática de assédio moral, sexual e discriminação. O banco também não poderá “perseguir funcionários que tenham ajuizado ação, restringir a promoção de mulheres por terem se beneficiado de ação coletiva”. O desembargador ainda advertiu a Caixa a “não pesquisar o posicionamento político de candidatos a cargos de gestão”.
A Caixa também deverá oferecer apoio psicológico à vítima e suporte para representação criminal contra o abusador, quando a apuração concluir pela prática do assédio.
Defesa
Em nota, o banco disse que “não tolera nenhum tipo de desvio de conduta por parte dos seus dirigentes ou empregados e comunica que fortaleceu a governança do banco para investigar denúncias, proteger denunciantes e empregados do banco, bem como a própria Instituição. Portanto, a Caixa ressalta que as medidas contidas na liminar já foram voluntariamente implementadas pelo banco e destaca a permanente disposição em adotar ações efetivas ao combate a qualquer conduta irregular nas relações de trabalho.”
Com informações de Estadão Conteúdo (Fausto Macedo)
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